Crônicas do Cotidiano

A VEJA desta semana publicou um artigo sobre uma nova prótese de perna—não mais mecânica, mas agora inteligente ou biônica. (Um Passo Adiante, Adriana Dias Lopes, VEJA, edição 2039, ano 40, nº 50, 19 de dezembro de 2007). Descreve a evolução das fascinantes (mas, até recentemente, frustrantes) iniciativas para desenvolver próteses, num gigantesco esforço para satisfatoriamente substituir membros do corpo que foram amputados depois de algum acidente. O mais novo invento supera, em muito, as tentativas anteriores. Umas 500 pessoas no mundo já estão tendo a oportunidade de desfrutar do conforto e flexibilidade das novas próteses. 3 delas são brasileiras.

Cito aqui trechinhos e peço para prestarem atenção às palavras grifadas.
Próteses biônicas que reproduzem quase à perfeição os movimentos das pernas…
… a pisada artificial mais próxima da natural já vista até hoje…
Com isso, o paciente pode caminhar, correr, subir e descer escadas de forma muito semelhante à natural.
… equivalente à utilizada nos movimentos realizados naturalmente.
… As próteses tradicionais podem ser revestidas de espuma, látex e silicone, principalmente. O silicone chega a imitar os pêlos e as veias da pele.
… No caso das novas próteses, o fabricante não recomenda coberturas de nenhum tipo. Elas são tão modernas que ainda não se inventou um revestimento capaz de resistir a movimentos tão amplos e velozes.

O que chamou a minha atenção aqui foi que um grande número de seres humanos, valendo-se da sua capacidade intelectual e usando e desenvolvendo máquinas e sensores super-sofisticados, tem lutado durante séculos para decifrar, IMITAR e INVENTAR algo que já existe—aquilo que a autora do texto bem expressa usando os termos natural e naturalmente.

O que me impressiona é que, enquanto as pessoas vão desenvolvendo suas imitações e enquanto vão descobrindo as propriedades de um mundo que já existe para inventar novas coisas usando ou transformando materiais cujos componentes já existem; enquanto vão tentando salvar e preservar e conservar a natureza que já existe (atitudes muito louváveis, por sinal); a maioria delas se nega a concluir algo que seria inteiramente óbvio em qualquer outro contexto. Esta perfeição que elas estão tentando imitar, recriar e reproduzir, requer um projetista, um inventor, um Criador…

Agora reflitam comigo sobre a última citação. Ainda não se inventou um revestimento capaz de resistir a movimentos tão amplos e velozes. Pondere as implicações desta frase! Afinal, você e eu bem sabemos que já existe o molde para pernas que se movimentam com equilíbrio e graça. E que já existe a fórmula para fazer este revestimento sofisticado que muitos estão tentando RE-produzir. Este revestimento se chama pele—um fantástico e incrivelmente complexo órgão composto de camadas de tecidos que cobrem e protegem os outros órgãos. O molde da perna e a fórmula da pele se encontram embutidos na estrutura genética de cada ser humano! Uma estrutura tão complexa que ainda estão tentando DE-codificá-la.

Todo mundo está juntando esforços—pesquisando, conversando, experimentando, criando hipóteses, testando, re-testando, compartilhando resultados, debatendo, escrevendo em revistas especializadas, corrigindo e complementando—tudo para RE-criar uma perna—parte integral dos seres humanos. E tenho certeza que ninguém entre estes pesquisadores e cientistas espera chegar no seu laboratório e deparar-se com qualquer modificação espontânea no seu invento—por mínimo que seja, nem que permaneça lá por alguns milhões de anos.

Entretanto, insistem em acreditar e ensinar que estes mesmos seres humanos surgiram aleatoriamente, sem nenhuma entidade inteligente por trás imaginando, projetando, trabalhando e criando os seus corpos compostos de uma série de membros, numa anatomia e citologia tão complexa que ninguém ainda conseguiu decifrar ou copiar nem a composição das partes nem a sua interligação. Enquanto isto, eles continuam se empenhando, gastando suas vidas e fortunas, para RE-produzir aquilo que já representa a perfeição mencionada bem no início do artigo, mas insistindo veementemente que isto, que ainda é inalcançável aos esforços do conjunto da humanidade, foi resultado da “obra” do mero acaso, sendo necessário apenas conceder ao processo alguns milhões de anos.

De acordo com muitos, forças aleatórias conseguiram se combinar fortuitamente num ambiente inteiramente desestruturado e, pelos padrões científicos, completamente inadequado. Aí surgiu, sem qualquer esmero e sem atenção rigorosa aos detalhes, não apenas uma perna mecânica ou inteligente ou biônica, mas a perfeição de uma perna natural que, de algum modo, resolveu se duplicar e que se juntou (através de um tronco) com um cérebro capaz de comandar as suas veias, nervos, ossos, músculos e tecidos, resultando assim naquilo que normalmente chamaríamos de uma “obra prima”…

E estamos aqui falando apenas da parte física do ser humano. E a nossa parte meta-física–a mente e a alma? De onde surgiu?
Enquanto lia sobre a nova perna biônica, dei muitas graças a Deus pela esperança que estas pesquisas estão oferecendo a seres humanos mutilados ou acidentados através do mundo. Mas também fiquei refletindo sobre a imensa (e proposital?) falta de percepção e coerência das pessoas que insistem na aceitação cega, e no ensino exclusivo nas nossas escolas e universidades, da teoria da evolução.

É como se elas estivessem querendo sempre jogar baldes de tinta preta para ocultar, todo amanhecer, a tela da criação divina que se desvenda constante e claramente diante dos seus olhos. Recusam-se a enxergar que o natural que eles só conseguem substituir com o artificial foi criado por um ser sobrenatural através de uma ação que só podemos, até hoje, definir como milagrosa. Negam a existência e o poder criativo de Deus.

Fico triste por elas.
Nascem, crescem, lutam e sofrem num mundo sem Deus. São:
Pessoas que se vêem incapazes de recriar a perfeição, mas que, ainda assim, acreditam que ela pode surgir do nada.
Pessoas que não se consideram resultado de um plano ou projeto, e que, portanto, vivem sem propósito—não sabem porque existem.
Pessoas que não conhecem a sua origem e que, consequentemente, estão sem identidade—não sabem quem são.
Pessoas que não têm noção do seu destino e que, portanto, vagam sem rumo—não sabem para onde vão.
Pessoas sem familiaridade com o divino e que, portanto, não encontram redenção.
Pessoas que podem perceber beleza, mas que não conhecem o artista.
Pessoas capazes de observar harmonia, mas que são incapazes de alcançá-la.

Um universo onde as pessoas não enxergam seu criador é um mundo muito triste.
Um mundo sem percepção de um criador-mantenedor é um lugar mais penoso ainda.
Um lugar onde vivem pecadores sem redentor é um ambiente extremamente angustiante.

Portanto concluo que quando os seres humanos começaram a aceitar as teorias de Darwin, e outras semelhantes, que derivaram de suas idéias, a humanidade deu um enorme passo para trás. Ela ficou sem reconhecer o único ser que unifica tudo que podemos saber da realidade e tudo que podemos alcançar com a criação. O apóstolo Paulo explica no início da sua carta aos Romanos: Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o principio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas.

Sem a aceitação da verdade da existência, presença e atividade de Deus, o resultado tem sido uma conseqüente percepção de vida como algo sem propósito, sem identidade e sem rumo, abrindo a porta para niilismo, frustração, angústia e desespero.

Lamento isto profundamente. Gostaria tanto de poder compartilhar a segurança e a alegria disponível àqueles que conhecem e amam a Deus, e o conforto da certeza que Ele me adotou como filha. Tenho paz e esperança porque confio que sou amada e guardada por Aquele que não apenas criou os primeiros seres humanos mas que me imaginou até antes de criar o mundo. Um mundo em que a complexidade da perna que os pesquisadores estão lutando para recriar é “fichinha” em comparação ao todo o mais que Ele criou e sustenta.

O meu Deus se revela através da Bíblia e através do seu Filho. Leia e creia comigo. Estará dando um passo adiante rumo a uma verdadeira e valiosa conscientização de onde você veio, porque existe e para onde poderá estar indo. Podemos ter vidas sempre mais plenas e satisfatórias, com esperança de alcançar e apreciar a perfeição no futuro, na presença do nosso Pai celestial.

Tudo depende do nosso relacionamento com o Criador deste mundo maravilhoso—o autor da Bíblia—o livro em que encontramos a história do Natal que agora celebramos, o relato da redenção oferecida a todos que se curvam ao fato que Jesus nasceu para viver uma vida sem pecado, e para sofrer, morrer e ressuscitar no nosso lugar, porque somos pecadores—pessoas que tendem a escolher o mal. Seres que, muitas vezes, preferem optar pela credulidade em algo inteiramente inconsistente com sua maneira normal de raciocinar para evitar um confronto e um compromisso com o Deus que é juiz. Mas, um dia, este confronto vai ser inadiável. E ele não precisa ser desagradável.

…Pela fé entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. …Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, (àqueles) a quem ele quer bem… Hoje vos nasceu…, o Salvador, que é Cristo, o Senhor… Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. … A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome. (Hebreus 11.3; Lucas 2.11,14; João 1.3,4,12)

Que nesta época do ano, você possa confirmar-se como filho deste Deus Criador, e que possa estar lhe adorando e servindo verdadeira e continuamente, grato por tudo que Ele é, e por tudo que Ele fez, e faz e fará.

Feliz Natal!
Betty

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Este artigo foi publicado em 18 de dezembro, 2007. Está arquivado sob Blog, Corpo Humano, Criação X Evolução, Criatividade de Deus. Você pode acompanhar os comentários a este artigo através do feed RSS 2.0. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback do seu próprio site.