AMEMOS OS NOSSOS FILHOS!

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ESCOLHEI HOJE A QUEM SIRVAIS!
Criação de Filhos de acordo com a Ótica Divina.

Esta semana, preenchi e enviei um abaixo-assinado EM APOIO À AUTORA DA OBRA “O QUE TODA MÃE GOSTARIA DE SABER SOBRE DISCIPLINA BÍBLICA”. Há pouco mais de dois meses houve uma troca de e-mails entre mim e esta autora, refletindo sobre a oposição feroz que estava surgindo de pessoas que não conhecem ao nosso Deus sábio e amoroso.
Resolvi compartilhar a nossa “conversa” no primeiro post no meu blog Crônicas do Cotidiano, após 8 anos de silêncio naquelas páginas. Inicio com o meu e-mail inicial:

1 de junho de 2020 às 18:05, Elizabeth Portela escreveu:
Querida Amiga,
Ontem à noite, estava na frente do tanque da lavandaria onde havia deixado uma frigideira (supostamente antiaderente) de molho, esfregando esta, vigorosamente, para tirar algo preto extremamente grudento/aderente depois de preparar duas tapiocas para meu marido nordestino (ele gosta delas bem queimadinhas!). Apesar do trabalho, insisto em usá-la por causa do tamanho e formato….
Aproveitei o silêncio, então, para “remir o tempo”, e fiquei pensando em você e seus problemas ao redor do que tem sido escrito, falado e publicado a respeito de disciplina de filhos.
Queria “colocar no papel” (no computador) logo, mas teve o devocional da igreja e apareceram chats com filhos e com amigos tristes, conversas com meu amado, etc. Conversei com ele sobre meus pensamentos antes de dormirmos e ele me ajudou ainda mais a “pensar fora da caixa”. Agora a manhã está voando, …
Amiga, creio que eu, se não fosse crente (e bem instruída na fé, com exemplos ao meu redor demonstrando as bênçãos divinas provenientes do entendimento e aplicação correta destes princípios) estaria inteiramente CONTRA a disciplina física…
Existem, além disto, pessoas em nosso meio, até de reformados, que tratam seus filhos ou cônjuges com ira e violência, dizendo e fazendo coisas vergonhosas e, às vezes, usando a Bíblia como justificativa. De fato, como pecadores que somos, creio que todos nós falhamos em demonstrar constantemente a perfeita vontade de Deus em nossos papéis como pais. Mas o Espírito Santo, conforme crescemos na fé, nos ajuda a discernir onde erramos e a perceber como corrigir.
O que deve nos “salvar” grande parte das vezes é o caminhar diário com nosso Deus, sabendo do nosso dever de substituir as atitudes pecaminosas que surgem em reação a um real desafio ou desagravo, com a Palavra de Cristo “habitando ricamente” em nós.
Devemos reagir com justiça (disciplinando de modo que o ensinamento bíblico seja usado como algo prazeroso que leva à felicidade e bem-estar, usando várias opções de encorajamento, com a “palmada” como recurso último e complementar, em certas situações).
Mas fugindo SEMPRE de um contexto de ira, indignação, maledicência, linguagem obscena… Tudo temperado com “misericórdia, bondade, humildade, mansidão, amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, fidelidade, domínio próprio….” (uma mescla de Colossenses 3 e Gálatas 5). E temos a possibilidade e dever de “perdão mútuo”, confessando os nossos pecados a Deus e aos filhos (se houver necessidade). A Bíblia é tão rica em nos guiar nas horas de desafios e desobediências; e de nos conceder paciência em certos momentos.
Existem preciosos recursos que Deus dá aos seus filhos também para terminarem o dia, tantas vezes, com palavras positivas, reconhecimento de falas, atitudes e ações que foram boas, um beijo ou abraço antes de dormir; “des-provocando” se houve mau entendimento da nossa parte, ouvindo aquela explicação que nos recusamos a considerar no momento da expressão do nosso desprazer, sem ressentimentos e mágoa (haja versículos bíblicos para isto)! Efésios 4.26 e 27 nos ensina que quem se ira e peca, pode e deve resolver isto antes do fim da noite. Tanto eles quanto nós…
Constato, entretanto, que preciso ter muito cuidado quando julgo os motivos daqueles que diferem da orientação bíblica que sigo, e que se empenham com vigor no combate àquilo que consideram violência física. Especialmente nesta área de crianças. Eles pensam que a palmada só pode ser fruto de maldade. Não duvido da sinceridade de muitos e creio que alguns (talvez a maioria), que agora pelejam contra a disciplina física que advogamos, sofreram abuso físico na infância, ou o viram de perto. Não apenas de pais com pouca renda e instrução na periferia mas, também, de pais, oficialmente permissivos, que se excedem em momentos de cansaço, frustração e irritação. Muitos agindo de maneiras assustadoras as quais, depois, frequentemente procuram encobrir com ameaças ou subornos (com algo que a criança possa desejar).
As pessoas sem Deus não tem os recursos que temos. Elas percebem, frequentemente, o que seria o ideal, mas se espantam quando veem que aquilo foge da realidade da maioria. Para elas, também, a palavra “palmada” já significa “violência”, pois não creem que é um princípio que vem de Deus que funciona quando bem aplicado, num contexto de exortação e amor.
Vivemos numa era em que grande parte das crianças está sendo criada por apenas UM dos pais biológicos MAIS, muitas vezes, um estranho que foi convidado para entrar no lar ou via casamento ou através de “ajuntamento”. E, agora, com o compartilhamento de guarda, esta situação vem em dobro muitas vezes… Isto complica ainda mais a situação do lar! Adicionamos a isto, este momento de isolamento das famílias. Apesar de servir como possibilidade de aproximação entre pais e filhos que não podem mais ser “terceirizados”, para escolas, avós ou babás, também tem sido palco de muitos casos de excesso de punição em termos físicos. Quando as crianças estão “presas” num ambiente onde qualquer coisa que perturbe o pai ou a mãe trabalhando, relaxando ou depressivo, a realidade diária delas pode incluir verborragia injuriosa ou humilhante, isolamento físico em parte restrita da moradia (muitas vezes, pequena), ou até empurrões, chutes, tapas e socos… E isto é verdadeiramente lastimável! Creio que é bem possível que aqueles que querem eliminar a palmada percebem o que acontece normalmente quando dor física é aplicada, e ficam sem entender que ela pode ser aplicada num contexto de amor, tanto dos pais, quanto de Deus. Somos, então, agregados aos violentos, aos seus olhos.
O assunto é amplo, mas o que quero apontar é que os nossos acusadores estão sendo fieis à percepção da realidade de um mundo que verdadeiramente jaz no pecado, e querem desautorizar qualquer coisa que pareça com violência.
Como nós também queremos, e clamamos, mas seguindo as instruções do nosso querido Criador e Salvador. Eles dependem das suas tentativas de iluminar as mentes das crianças, mostrando que o seu próprio futuro e, também, o do mundo todo, depende das suas obras em prol da ecologia e das ações que a sociedade determina como sendo boas e necessárias para a felicidade e sobrevivência da humanidade. Algumas destas prescrições não se encaixam com o que a Bíblia ensina e, assim, uma preocupação legítima é cooptada num esforço maior para acabar com partes fundamentais do ensino e prática da nossa fé.
Precisamos, entretanto, sempre nos lembrar que as consequências da nossa prática bíblica podem ser percebidas ocasionalmente pelas pessoas ao nosso redor que perguntarão sobre a nossa fé. O Espírito Santo usa a percepção de atitudes e ações fieis para promover perguntas sinceras que podem levar a conversões verdadeiras – sempre um milagre maravilhoso.
“Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados;
Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós,
Fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo”. – 1 Pedro 3:14-16
Um grande abraço, Betty


RESPOSTA:
2 de junho de 2020 08:03:52 GMT-3
Oi querida

Em primeiro lugar quero te agradecer muito por gastar seu tempo escrevendo seus pensamentos. É uma demonstração de carinho e preocupação que somente irmãos têm, e isso é um consolo.

Seu pensamento está corretíssimo! Eu tenho certeza que quando nos ouvem falar de disciplina, não fazem ideia de que estamos imitando o nosso verdadeiro Pai, que faz isso perfeitamente. Tenho certeza que “agressão” é a primeira palavra que lhes vem à mente. Até mesmo entre os crentes! E esta tem sido a nossa luta durante anos: ajudar aos pais a entenderem que a correção não está dissociada do amor, que ambas andam de mãos dadas. Mas eu sei que no mundo caído esta matemática, tão bem expressa na Bíblia, não é facilmente entendida e imitada. Nem por nós! Como você disse, tantas vezes eu precisei pedir perdão por me exceder, por ser injusta, por me irar … Graças a Deus pelas suas misericórdias que nos ajudam nesta caminhada.

Obrigada por me lembrar de tudo isso! Será importante exercer misericórdia mesmo quando estamos lutando por nossos direitos! Tenho orado para que eu não peque contra os outros e contra o Senhor, enquanto tento fazer o que é justo. Como somos pecadores! Mesmo lutando pela verdade e pelo Evangelho, corremos o risco de pecar!!!!

Meu coração está temeroso, mas guardado no Senhor e peço que Ele me mantenha assim. Esta era uma luta que eu não gostaria de ter… Mas quero estar submissa ao meu amado Senhor.

Obrigada por suas palavras e pelas orações. Por favor, continue orando por mim. Sou fraca e medrosa e preciso do amparo de Senhor! Um grande abraço, como carinho e gratidão.
Assinatura da Autora

PARA COMPLETAR – seguem algumas das referências bíblicas que enunciam a verdade em que cremos – sobre o relacionamento entre pais e filhos. Vale a pena sentar-se com sua Bíblia para verificar que aqueles que estão criminalizando o que Deus manda, estão realmente infringindo a liberdade de religião, que as leis deste país promulgam, indo contra os ensinamentos do livro que é a base da nossa fé.

Comecei o texto com as palavras de Josué ao povo de Deus: “ESCOLHEI HOJE A QUEM SIRVAIS”. Espero que você, após esta reflexão na Palavra e com muita Oração, possa responder: “EU E A MINHA CASA, SERVIREMOS AO SENHOR” (Josué 24.15).
Nas seguintes leituras, vemos o contexto do amor divino em que Deus nos disciplina – Ele nos ama! Temos também a comprovação que nosso Criador e Salvador especificamente comanda a disciplina física quando as nossas orientações não têm o efeito desejado e a criança está insistindo em hábitos e ações perigosas e danosas.

São princípios que levaram a bênção, tanto para a autora e seu marido, quanto para mim e o meu. Agora somos avós, com filhos crescidos. Pela maravilhosa graça do nosso Deus, apesar das nossas falhas, o Espírito Santo fez com que os esforços, que tantas vezes trouxeram lágrimas aos nossos próprios olhos, resultaram em repetida e consciente transformação de vidas. No conjunto de igreja, escola e família, eles assimilaram muitas preciosas verdades divinas, e oramos para que eles possam sempre continuar procurando crescer na graça e no conhecimento do Pai celestial, para que seu nome possa ser honrado pelas suas palavras e suas ações (2 Pedro 3.18). E, consequentemente, pelos seus filhos, e os filhos dos filhos.

a. Orientações que exigem Amor, Ensino e Obediência: Êxodo 20.1-17 12 e Deuteronômio 5.6-21 (Os Dez Mandamentos, inclusive o de Honrar Pai e Mãe, o único mandamento com promessa – Êx 20.12; Dt 5.16); Deuteronômio 4.9-10; 6.6-9; 11.18-21; Provérbios 1.8; 4.1-4, 10.11, 20-22; 6.20-23; 23.19-26.
b. A Disciplina Amorosa do Pai Celestial: Jó 5.17; Salmo 94.12; 119.67; Provérbios 12.1; Apocalipse 3.19.
c. A Disciplina Amorosa dos Pais Terrenos: Provérbios 13.24; 19.18; 22.15; 23.13-14, 29.15; Efésios 6.1-4.
d. A Disciplina Amorosa dos Pais Terrenos no Contexto da Disciplina Amorosa do Pai Celestial (incluindo a perspectiva de quem já foi disciplinado): Provérbios 3.1, 11-12; Hebreus 12:5-11.

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