Memórias

16 de março, 2006

(Acompanha o Artigo: Vou, mas Fico)

Lembro-me dos dias de outrora… Tu és o meu Deus. Salmo 143:5, 10

Escondidas no meu pensamento
Estavam muitas memórias
Anedotas e histórias.

Queria soltá-las;
Ansiava preservá-las;
Precisava contá-las
Antes que desaparecessem,
Antes que se perdessem
Para sempre.

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O Som do Silêncio

16 de março, 2006

(Em apreciação pelo Seminário para Escritores promovido pela Editora Mundo Cristão em São Paulo, agosto de 1997)

O som do silêncio
ressoa na sala
do seminário.

Sentados solenemente,
esperamos ansiosos,
segredos e sugestões.

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Poesia Sibilante

13 de março, 2006

(Brincando com o Vernáculo Brasileiro)

Sofro da síndrome
Da sibilação.
Cê-cedilhas e “esses”
Dão satisfação.

Espiro “esse”,
Inspiro “cê”,
Respiro “esses”,
Suspiro “z”.

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O Sabor do Divino Amor

10 de março, 2006

(Acompanha o Artigo: Eu sou do meu Amado, e o meu Amado é Meu)

Saleiro e Pimenteiro

Eu sou feliz.

Ostento um novo anel
na minha mão
Prata e ouro,
lado a lado vão
Testemunhando a nossa união.

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“Eu Sou do Meu Amado, e o Meu Amado é Meu”*

9 de março, 2006

Betty e Solano

(Acompanha a Poesia: O Sabor do Divino Amor)

São Paulo, fevereiro de 2005

Queridas irmãs:
Já faz alguns anos que compartilho as minhas “histórias de Isabel” com vocês. Desta vez, a minha participação vai ser diferente. Não foi possível escrever uma história e me sugeriram, então, que usasse algo que já havia escrito. Mas o quê? Meu marido, neste período, se recuperava de uma cirurgia para tentar extirpar um câncer e fui mostrar a nossa casa a algumas amigas que vieram visitá-lo. Uma delas olhou para minha penteadeira e perguntou por que um saleiro e um pimenteiro (e um “salpimenteiro”) tinham o lugar de destaque, em meio aos objetos usuais. Expliquei que havia feito e lido uma poesia, no culto das nossas bodas de prata, usando o saleiro e o pimenteiro para ilustrar o relacionamento com meu marido.[1]

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“Estive Preso, e Vocês me Visitaram”

9 de março, 2006

—Gente, não vai dar! Isabel estava em meio a dez mulheres, de pé, no estacionamento, num sábado ensolarado. Alguns diáconos estavam colocando sacos volumosos e caixas na parte de trás da Kombi da igreja. Eram doações angariadas pela Sociedade Auxiliadora Feminina — roupas, objetos usados, sabonetes, pastas, xampus, restos de tecidos,… Tinha um teclado enorme esperando, sacos de pão e margarina, objetos pessoais… A motorista olhava o espaço que sobrava e balançava a cabeça de um lado para outro. —Realmente, não vai dar. Tem que ser dois carros!

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De Deus somos Cooperadores

9 de março, 2006
…Nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho. Porque de Deus somos cooperadores. –I Coríntios 3:7-9

Sentada na igreja, Isabel sorriu, carinhosamente, enquanto fitava os rostinhos das crianças que passavam por ela, a caminho do seu culto noturno. Brenda, Bruna, Betinha, Lia, Jasmim, Douglas, Tanya, Amélia, Márcio…. Todas bem-vestidas, alegres, apressadas… A janela do berçário revelava mais três irmãozinhos recebendo os cuidados das mães. Na sala de som, um papai diácono; na porta da igreja, outro. As suas famílias serviam na SAF, UPA, UPPA, UPJ, nos Corais, na Escola Dominical, nos Encontros de Casais… Faziam parte integral da igreja. Amavam e eram amados. Ministravam e eram ministrados. Visitavam e eram visitados. Estudavam e aprendiam as doutrinas bíblicas. Davam o dízimo. Convidavam e traziam seus parentes e vizinhos para ouvirem a mensagem que havia transformado as suas vidas.

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Minha Sogra… Minha Mãe

8 de março, 2006

Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo… Efésios 1.5 (NVI)

(Isabel escreve para sua irmã, no exterior: trechos dos e-mails)

Sexta-feira
Querida Nelita:
Estou “de volta ao lar”, passando um tempinho com meus queridos sogros. Já que Neto* teve que viajar, e nossos filhos estão todos fora, resolvi pegar um avião e juntar a minha solidão à deles.

Estou me deleitando em ser “filha” de novo, sendo paparicada com todo tipo de comidinha gostosa— tapioca, cuscuz, queijo assado, macaxeira, inhame, banana comprida, bolo de rolo, doce disso, doce daquilo— tudo que o nordeste tem a oferecer… Nem penso em fazer regime aqui! ☺ De vez em quando Papai** me diz—“Filha, você não tem idéia de como estamos felizes em ter você conosco.” Falam, “Coma, filha….” “Descanse…”

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A Frustração que Virou Bênção

8 de março, 2006

Pergunte, porém, aos animais, …, ou às aves …. Quem de todos eles ignora que a mão do Senhor fez isso? Em sua mão está a vida de cada criatura e o fôlego de toda a humanidade.—Jó 12.7-10 (NVI)

O portão se abriu e Isabel guiou o carro até dois rapazes uniformizados, cada um com uma grade nas mãos. Baixou o vidro elétrico. Acionou mais uma vez o interruptor e a janela subiu até fixar a proteção de metal. Ao seu lado, sua amiga Júlia fez o mesmo e entraram no setor dos macacos. Voluntariamente, os ocupantes do carro estavam em um zôo invertido: as pessoas trancafiadas numa jaula motorizada e os animais correndo soltos. Três adultos e três crianças se divertiam com as travessuras dos curiosos habitantes do parque. Riam das cômicas carinhas de macaquinhos que se dependuravam do teto do automóvel, esticando os braços para alcançar os amendoins oferecidos.

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Memorial para o Meu Pai

7 de março, 2006
Gilbert Zekveld (13.01.1928 –28.12.2002)
Memorial escrito por Elizabeth Zekveld Portela,
Lido no funeral em Lindsay, Ontário, Canadá

Aqui estamos, nesta tarde, todos juntos lembrando Gilbert Zekveld, nosso amado pai, avô, irmão, tio e amigo.

Ao nascer, em uma fazenda perto do vilarejo de Aarlanderveen, no sul da Holanda, em 13 de janeiro de 1928, Gilbert recebeu o nome de Gijsbertus Zekveld. Ele foi o segundo de sete filhos. A maior parte de sua infância foi vivida nos anos da grande depressão e durante a sua adolescência a segunda guerra mundial assolou tanto as nações vizinhas como o seu próprio país, terminando um pouco antes dele ter idade para ser convocado ao serviço militar. Seu caráter foi forjado durante esses anos difíceis na medida em que ele observava como seus pais, tementes a Deus, agiam e reagiam com coragem às circunstâncias difíceis que os rodeavam. Assim ele aprendeu uma vida de frugalidade e de trabalho diligente na propriedade da família.

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