Eu, Blogando? Reflexões sobre a Timidez e a Aventura de Entrar na Blogosfera.

20 de janeiro, 2007

Sempre tenho preferido ficar bem longe dos holofotes. Das pessoas que têm lido as minhas crônicas na revista feminina (SAF em Revista) da nossa denominação (IPB) ou as lições nas revistas de Escola Dominical (como Filhos Adultos no Lar, Lidando com a “Terceira Idade”, Pai, posso ir ao Show?), poucas sabem quem eu sou. Fora dos meus escritos, minhas contribuições presenciais, quase sempre, tem sido em nível de família, escola e igreja local ou acompanhando meu marido, Solano, quando ele sai para falar ou pregar em algum lugar. Sempre tenho sido tímida, aceitando aparecer ou liderar apenas quando for intimada ou empurrada. Quando necessito falar em público, perco noites de sono, me preparando, preparando…

Por que isto?

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Pensando com meus Botões

13 de janeiro, 2007

Que é o homem, que dele te lembres…? Fizeste-o… por um pouco, menor do que Deus… Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão, e sob seus pés tudo lhe puseste. — Salmo 8.4-6

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– Dona ‘Bel, porque a senhora nunca usa esta blusa? Ela é tão linda!
Isabel levantou os olhos do texto que estava digitando e examinou a roupa nas mãos da Áurea.
– Toda vez que guardo as roupas, vejo ela lá no canto.
– Hum… Ah, já sei. É por causa das mangas. Só percebi depois de comprá-la que a blusa foi feita para usar com abotoaduras. Neto tem algumas, mas são enormes. Esta blusa pede algo bem delicado, você não acha?
Áurea concordou e ambas retomaram seus afazeres. Mas, logo depois, ela voltou, trazendo consigo uma caixa. – D. ‘Bel. ‘Tive pensando. Que tal fechar uma das casas e colocar um botão? Isabel sorriu meio sem jeito. – Áurea, nunca pensei nisto! E é uma solução tão simples! Deixe aqui de lado. Vou procurar dois botões bem bonitos.

Naquela noite, Isabel sentou-se com a blusa no colo.

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Roubaram Minha Bolsa! E Agora, Senhor?

20 de abril, 2006

Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça. –Filipenses 4.6

Aeroporto de Guarulhos. Neto e Isabel haviam ido encontrar-se com um primo holandês dela. Este, juntamente com sua esposa, faziam uma viagem turística pelo Brasil. Quando ele descobriu que teriam quatro horas de espera, sugeriu que se encontrassem. Após os primeiros cumprimentos, cuidaram de fazer o check-in para a próxima etapa da viagem e foram beber guaraná na lanchonete de uma rede conhecida.

Sentaram-se bem no fundo: Isabel e Lia num sofá encostado à parede e Neto e Alex no outro lado da mesa. Todos deram as mãos e fecharam os olhos enquanto Neto pediu a bênção divina sobre o alimento, por aqueles momentos e pelo restante da viagem do casal.

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O Homem que não Sentava

19 de abril, 2006
(Ele) é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós. — Efésios 3.20.

Isabel dirigia o carro com os três filhinhos no banco de trás.
—Mãe, aquele homem ainda está lá!
—Mamãe, por que ele não vai embora?
—Ele não tem casa, seu bobo, alfinetou a irmãzinha mais velha.
—É verdade, mãe?
—Por que ele não senta?
—É, mãe. Por que ele sempre está de pé? Ele é louco?
—O pastor do Pedrinho falou que ele tem um demônio. Mandou ficar longe dele.

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Não Batam no MEU Ladrão!

17 de abril, 2006

Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixe com Deus a ira….
—Romanos 12.19 (NVI)

—Mãe, vimos um homem na garagem!
—O que?! Cadê ele?
Espantada, Isabel olhou as duas crianças que chegavam ofegantes, olhos arregalados.
—Já saiu. Ele pegou uma coisa do carro! A gente ‘tava brincando na sala. Aí ouvimos um barulho e vimos o homem indo embora. Ele não nos viu, não.
—Como ele era?
—Magro, respondeu Gabriel, de quatro anos.
—‘tava de calção e camiseta branca, disse Glorinha, a irmãzinha maior.
—Como a maioria dos homens desta cidade, pensou Isabel, que acabara de chegar em casa. O que será que ele queria no carro?

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A Chegada de Nikki

17 de abril, 2006

O justo atenta para a vida dos seus animais.
—Provérbios 12.10
Pequena Nikki
— Nikki, o que você está fazendo?! Pelo tom da voz de Isabel, a cachorrinha já sabia que havia feito algo que não devia. Correu debaixo da cadeira no terraço e ficou com a cabeça deitada entre as patas, de olho naquela mulher que estava com o dedo em riste. Isabel continuou resmungando enquanto apanhava, no quintal molhado, as roupas passadas que antes estiveram empilhadas em cima do freezer.
— Olhe o que você fez! Agora Áurea vai ter que lavar tudo de novo! Você tem muita sorte, muita sorte mesmo, que ela gosta de você! Senão, teríamos que espalhar “Vende-David Portela se filhote de Boxer” por todos os pet shops da redondeza!

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Uma “Torre” para a Glória de Deus

17 de abril, 2006
Mais bem-aventurado é dar, do que receber.—Atos 20.35
Torre

O telefone tocou. Era sábado, mas o marido de Isabel tivera que ir ao trabalho. Neto andava cansado e triste. Na firma, os proprietários estavam brigando entre si. Relacionamentos estavam sendo irremediavelmente rompidos. Num clima de medo e ódio, Neto procurava manter seu testemunho enquanto lidava com traição e corrupção, com as demandas dos chefes, e com a insegurança dos funcionários.Mas, agora, Neto pensava em outra coisa.
– E aí, ‘Bel. Como foi hoje? Foi como você esperava?
– Ah, foi maravilhoso. O pão caseiro de Naná fez sucesso, e nossos bolos de banana e abobrinha também. Mirtes fez bolo de fubá. Colocamos trinta pessoas na sala, mais algumas crianças. Timóteo e Emilda tiraram fotos. Até Mikako conseguiu vir, com a família, e animou tudo com suas brincadeiras. Fabiana chorou, eu chorei, chorou meio mundo… De alegria, é claro…

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Todo Mundo vai Falar Bem da Gente!

28 de março, 2006
Assim brilhe também a vossa luz… para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus. Mateus 5.16

A TV na sala estava ligada. Estava sintonizada dia e noite, ultimamente, nos inquéritos parlamentares do governo. Repórteres e políticos se revezavam na tela prendendo a atenção de telespectadores, perplexos e confusos, querendo ser informados da crescente crise política.

—Eu deveria aprender a fazer crochê, pensou Isabel, —para ter as mãos ocupadas enquanto assisto. Não acho mais roupa para remendar ou botão para pregar. Ah, já sei, vou buscar as fotos do casamento de Tiago para arrumar no álbum.

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Tempo de Sofrer… Tempo de Consolar…

23 de março, 2006

“É Ele que nos conforta … para podermos consolar” —2 Coríntios 1.4

Isabel encostou a testa quente na janela do avião. Enquanto a aeronave subia, suas feições, desalentadas a principio, suavizaram-se. Observava, à luz do amanhecer amazônico, o lento sumiço da nítida demarcação do encontro das águas escuras do Rio Negro com as barrentas do Solimões. Era o mais conhecido marco turístico do seu novo lar. Pensou na Vovó Valdete, lá em baixo, que havia vindo de Recife para que ela pudesse viajar. Seria um grande desafio cuidar de três netinhos em meio a caixas de mudança ainda desfeitas, num lugar totalmente desconhecido.

Seu olhar, cansado do verde interminável, retraiu-se, focalizando no título do livro no seu colo—”Aflição“. A palavra resumia aquilo que lhe esperava no fim daquele vôo. Fechando os olhos, tentou visualizar o rosto da sua mãe. Fazia mais de dois anos que as duas não se viam. O que estaria acontecendo lá, no outro hemisfério? Ao chegar, seria levada a um hospital ou a um velório?

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Filhos Adultos no Lar (2)

22 de março, 2006
Parceria Responsável ou Pensão com Cama, Comida e Roupa Lavada
[Leia a parte 1 primeiro]

Dona Valdete hesitou e depois entrou, decidida, no quarto do neto. Alisou a cabeça dele. Era tão bonito, parecia um anjo dormindo. Mas era um anjo muito descuidado e precisava de uma bronca.

–Acorde, Thiago.
–Que é, ‘Vó?
–Acorde e olhe para mim! Thiago se virou e dobrou o travesseiro debaixo da cabeça.
–Que foi? Aconteceu alguma coisa?

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