Categoria: ‘Ação Social’

Pescando onde os Peixes Estão (1)

23 de novembro, 2008

Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no.—Mateus 4.17-20

Alguns dias atrás, desci a rua em direção ao supermercado pertinho da minha casa. Precisava de alguns ingredientes para fazer um “bolo de frutas cristalizadas” (com nozes, cerejas, etc.) para a reunião de encerramento, no dia seguinte, do grupo de esposas de seminaristas do qual participo como uma das coordenadoras.

Quando cheguei em frente à entrada da loja, tinha uma mocinha encostada na grade que cerca os carrinhos e o balcão de flores. É freqüente ter pedintes naquele local e quando ela falou, sacudi a cabeça para indicar que não iria lhe dar dinheiro, sem fazer contato visual. Entrei, fiz as compras e saí, novamente evitando olhar diretamente para ela e sinalizando que “não tinha” quando ela insistiu. Mas fiquei pensando sobre ela—sobre onde ela morava, e o que ela faria com o dinheiro se eu lho tivesse dado.

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Habilidade, Arte e Solidariedade

16 de julho, 2008

Já faz duas semanas que voltamos dos Estados Unidos. Ainda pretendo publicar várias postagens sobre as bênçãos daquele período, sobre as quais já comecei a escrever. Entretanto, agora, quero inserir um relato sobre uma visita que fiz ontem, juntamente com duas outras senhoras que fazem parte da liderança do grupo “Conte Comigo”. Nosso trabalho é com as esposas dos seminaristas que vêm de todas as partes do país para estudar no seminário da nossa denominação, localizado em Campo Belo (Rev. José Manoel da Conceição – JMC). Normalmente, o nosso envolvimento tem sido mais com a parte espiritual e relacional, promovendo estudos e encontros com elas.

Aos poucos, entretanto, Deus está começando a chamar a nossa atenção à possibilidade de também interagirmos com as necessidades materiais destas famílias, especialmente com a chegada do frio. Desta vez uma senhora do nosso grupo (Dona Oneidia) pediu a ajuda de uma igreja, com doações focadas especialmente em aliviar o frio daqueles que vieram de lugares mais quentes. Assim, ontem à tarde, fomos receber o que angariaram, propositadamente no dia em que senhoras da igreja se reúnem para costurar e fazer trabalhos de artesanato. Tendo levado a minha máquina fotográfica mais caneta e papel, tornei-me a repórter involuntária desta visita, para compartilhar o que vimos com as outras senhoras da liderança do nosso grupo. E já que eu estava com a “mão na massa”, resolvi blogar sobre o assunto.

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Betty, Minka, Claudia e Oneidia

Fomos levados a uma sala cheia de mesas, máquinas e armários, onde estavam umas dez mulheres, mais uma menina, sentadas ao redor das mesas, trabalhando e conversando. Desta vez, não vi ninguém costurando—todas estavam bordando, fazendo crochê ou pintando. Uma senhora chamada Claudia nos fez as honras, como cicerone, e foi explicando o trabalho, daquilo que nos pareceu uma bem-estruturada obra de beneficência.

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Tristeza—Logo no Início do Ano

5 de janeiro, 2008

Iniciei o ano de 2008 participando de um enterro. Era de Dona “N”, uma senhora de 55 anos, sogra de uma grande amiga minha—amiga que foi a primeira moça a se converter numa comunidade carente com a qual interagi durante quase doze anos. Agora não moro mais naquela área. Continuo me relacionando com as pessoas que se tornaram membros da nossa igreja, mas são raras as oportunidades que tenho para visitá-las. Poderei falar mais sobre elas numa futura postagem (escrevi e removi para não ser grande demais e para não tirar do foco). Agora quero me concentrar no enterro do qual acabo de regressar.

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Minha Filha Quer Casar! (1)– Um Presente bem Especial

15 de fevereiro, 2007

19 de março de 2008. Estou revendo os posts do meu blog, adicionando os assuntos que se aplicam a cada texto. Chegando neste post, fiquei na dúvida se não seria melhor retirá-lo pois, afinal, o casamento do qual falo acabou não se realizando. Os noivos romperam pouco tempo depois e, atualmente, Deus parece estar encaminhando cada um em direção a outro futuro conjuge.  Entretanto, as minhas reflexões aqui falam de altruísmo, que é um assunto importante. Para a mensagem ter sentido, o contexto tem que ficar. Portanto, por enquanto, pelo menos, o post fica…

Segue o post original.

22 de fevereiro de 2007. Daqui a alguns meses, em junho para ser exato, nossa única filha (tenho três outros filhos) pretende casar-se. Portanto, grande parte das nossas vidas está envolvida com as preparações que cercam a cerimônia do seu casamento. E eu, como sempre, fico filosofando sobre cada experiência, sobre o evento em si e sobre relacionamentos. Penso naquele que ela estará estabelecendo; no que temos com ela; como eram os relacionamento conjugais, do passado; e também sobre os relacionamentos daqueles que me cercam, tanto no mundo dos evangélicos quanto na esfera dos que não conhecem a Deus…

Quase tudo que diz respeito ao noivado e ao futuro da nossa menina está fora das “regras” convencionais. De certo modo, ela está trilhando nos passos da mãe, escolhendo seguir um rapaz até o outro lado do mundo. Entretanto, é possível que os desafios que ela enfrentará venham a ser maiores do que os meus—eu, pelo menos, fiquei no lado ocidental da civilização, transferindo-me apenas do norte para o sul. Ela, porém, estará se deslocando do ocidente para o oriente, onde as diferenças são ainda mais intensas. O noivo dela nasceu e mora na Índia.

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O Homem que não Sentava

19 de abril, 2006
(Ele) é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós. — Efésios 3.20.

Isabel dirigia o carro com os três filhinhos no banco de trás.
—Mãe, aquele homem ainda está lá!
—Mamãe, por que ele não vai embora?
—Ele não tem casa, seu bobo, alfinetou a irmãzinha mais velha.
—É verdade, mãe?
—Por que ele não senta?
—É, mãe. Por que ele sempre está de pé? Ele é louco?
—O pastor do Pedrinho falou que ele tem um demônio. Mandou ficar longe dele.

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Uma “Torre” para a Glória de Deus

17 de abril, 2006
Mais bem-aventurado é dar, do que receber.—Atos 20.35
Torre

O telefone tocou. Era sábado, mas o marido de Isabel tivera que ir ao trabalho. Neto andava cansado e triste. Na firma, os proprietários estavam brigando entre si. Relacionamentos estavam sendo irremediavelmente rompidos. Num clima de medo e ódio, Neto procurava manter seu testemunho enquanto lidava com traição e corrupção, com as demandas dos chefes, e com a insegurança dos funcionários.Mas, agora, Neto pensava em outra coisa.
– E aí, ‘Bel. Como foi hoje? Foi como você esperava?
– Ah, foi maravilhoso. O pão caseiro de Naná fez sucesso, e nossos bolos de banana e abobrinha também. Mirtes fez bolo de fubá. Colocamos trinta pessoas na sala, mais algumas crianças. Timóteo e Emilda tiraram fotos. Até Mikako conseguiu vir, com a família, e animou tudo com suas brincadeiras. Fabiana chorou, eu chorei, chorou meio mundo… De alegria, é claro…

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Todo Mundo vai Falar Bem da Gente!

28 de março, 2006
Assim brilhe também a vossa luz… para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus. Mateus 5.16

A TV na sala estava ligada. Estava sintonizada dia e noite, ultimamente, nos inquéritos parlamentares do governo. Repórteres e políticos se revezavam na tela prendendo a atenção de telespectadores, perplexos e confusos, querendo ser informados da crescente crise política.

—Eu deveria aprender a fazer crochê, pensou Isabel, —para ter as mãos ocupadas enquanto assisto. Não acho mais roupa para remendar ou botão para pregar. Ah, já sei, vou buscar as fotos do casamento de Tiago para arrumar no álbum.

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Uma Rua Iluminada pelo Amor (Natal)

19 de março, 2006

Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. –Mateus 5:16

Enquanto dirigia, Isabel observava os hóspedes que estava levando ao aeroporto. Karen e Ben haviam juntado os reais, em notas e moedas, da sua bolsa e bolsos. Agora Ben contava tudo. Ao terminar, retirou uma cédula. Quando pararam no sinal, Ben entregou-lhe um envelope com o restante.

–‘Bel, nós fomos tão bem atendidos aqui no Brasil! Acabamos gastando nem a metade daquilo que havíamos planejado. Assim sobraram muitos dos reais que trocamos por dólares ao chegar. Conversei com a Karen e oramos, ontem à noite, e resolvemos deixar isto com você para investir na “sua rua”.

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Uma Carta de Natal

19 de março, 2006
Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer aos necessitados,e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber. –Atos 20:35
Carta de Natal

São Paulo, 29 de dezembro de 2000

Amada Família:
Mais dois dias e o ano acabou. Antes que os detalhes fujam, preciso contar como foi a nossa programação de Natal, conforme lhes escrevi anteriormente. Vou recapitular o que aconteceu, porque não sei se escrevi tudo para todos.

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Foi por Causa do Natal

19 de março, 2006
Outros louvaram a Deus pela obediência que acompanha a confissão
que vocês fazem do evangelho de Cristo e pela generosidade de vocês
em compartilhar com eles e com todos os outros
—2 Coríntios 9.13 (NVI)

—Mãe, a senhora viu esta revista? Fiquei literalmente com o estômago embrulhado olhando isto! Como é que alguém pode viver num país como o nosso, com tantas pessoas pobres e doentes, e gastar fortunas em objetos deste tipo! Dá nojo!
Surpresa, Isabel olhou para o rosto irritado do Gabriel. – De que você está falando?

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