Filhos Adultos no Lar (1)

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Bagunça Democrática ou Internato Severo?

Thiago pegou as chaves do carro e virou-se para abrir a porta da casa. Deparou com uma placa afixada com fita adesiva.

Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade. (3 João 4)

–Mãe, foi Pai que colocou isto aqui?”
–Foi. A gente ficou sabendo mais dos problemas de uns amigos antigos. Seu filho mais velho é viciado em drogas. Agora, a filha de 22 avisou que está grávida e disse-lhes que nem sabe de quem é. Seu pai ficou muito impressionado. Comentou como devemos dar graças a Deus pelos filhos que temos. Sentou-se no computador e o resultado está aí.
–Então, não é bronca?


–Não, não é. É elogio, louvor, encorajamento, gratidão…
–Que bom, mãe. Mas poderíamos entender isto um pouquinho como alerta também, não?
–Talvez.
Quando o pai retornou naquela noite, havia uma outra placa ao lado da primeira. Quatro figuras estilizadas proclamavam Pai, nós te amamos também!—e debaixo estava a assinatura dos quatro filhos do casal.

Um ano depois, aquelas declarações ainda permanecem no mesmo local—assimiladas inconscientemente por todos que por ali passam diariamente—símbolo da família ideal, do relacionamento pacífico almejado tanto pelos pais quanto por seus filhos.

Um pouco adiante, na parede, há uma foto desta família—dois filhos adultos, dois adolescentes, pai e mãe. As roupas alinhadas e combinadas, a perspectiva simétrica e os sorrisos descontraídos transmitem harmonia e alegria. Parece uma família ajustada e unida. E realmente, há momentos em que os de fora olham para eles com certa inveja e perguntam como foi que eles “conseguiram”. –De joelhos, um dia de cada vez, responde a mãe.

Isabel lembra as lágrimas derramadas, as noites mal dormidas… Recorda desentendimentos, angústias, brigas, acusações, mágoas e as conseqüências de atitudes pecaminosas, algumas duradouras. Mas se regozija porque, aos poucos, eles descobriram e assimilaram princípios bíblicos que facilitaram o relacionamento e fizeram com que houvesse—não a perfeição mas sim—a possibilidade de conciliação, harmonia e satisfação.

Introdução da Autora: Quando, no ano de 2000, a Editora Cultura Cristã nos enviou a grade curricular das lições de Escola Dominical para O Lar Segundo Deus, vimos o assunto “Filhos Adultos” e pensamos: Eis uma lição que gostaríamos de LER! Não me lembro mais que eventos ocorreram mas, de repente, começaram a surgir idéias não apenas para fazer a matéria mas para a nossa própria vida também.

Estávamos, naquela época, com todos os quatro filhos morando conosco, indo e vindo por causa de faculdades longe de casa, e havia algumas coisas que nos incomodavam, especialmente na área da divisão das responsabilidades. Nós não havíamos aprendido maneiras adequadas para delegar ou compartilhá-las e nossos filhos tendiam a procurar avidamente maneiras de evitá-las. De fato, eles não eram preguiçosos. Consideravam-se bem ocupados. Cada um tinha muitas atividades fora do lar—na escola, na igreja, na comunidade. Mas nós também tínhamos…

Iniciou-se, então, um período em que re-examinamos o nosso relacionamento—privilégios e deveres, entre nós mesmos e diante de Deus. Abrimo-nos para ouvir a opinião deles e para rever algumas atitudes nossas também. Maneiras de falar, de exigir, de se comunicar… Enquanto isto eu pesquisava e escrevia… Encontrei tantas coisas para dizer que, no fim, a equipe editorial fez duas lições. Incluí algumas histórias para ilustrá-las, um misto de eventos reais e possíveis.
Quem recebeu os créditos na contracapa da Revista foi a “Família Portela”. Nossos quatro filhos agora estão na fase de formar seus próprios lares e tenho certeza que os mesmos princípios aqui delineados, se forem realmente bíblicos, irão lhes servir no mundo em que criarão os nossos futuros netinhos.

Texto Básico: Malaquias 4.5,6; Lucas 1.17; 3 João 4

INTRODUÇÃO
Em alguns países, é muito natural os pais cristãos incentivarem seus filhos a criar asas e iniciar vida independente quando chegam ao término da adolescência. Consideram cumprida a sua missão na criação e reassumem a vida a dois com liberdade para gastar seu dinheiro e servir em outras áreas. No Brasil, entretanto, esta não é uma prática freqüente. Encontramos muitos lares em que pais e filhos adultos permanecem juntos por tempo indefinido. Nem sempre o convívio é fácil ou pacífico. Em tantos lares, até dentro da igreja, pais e jovens se sentem como verdadeiros reféns de situações que fugiram do seu controle há muito tempo.

Em alguns casos, a convivência é opção de ambas as partes. Em outros, os pais não permitem que partam. Na maioria das vezes, são os filhos que se acomodam na casa dos pais. Existem filhos que nunca saíram e aqueles que voltaram ao lar paterno depois de servirem no exército, de estudarem fora ou de tentarem a vida a sós por um período. Às vezes, chegam depois de um relacionamento fracassado, com ou sem filhos a tiracolo.

Em cada circunstância, ocorrem problemas bem diferentes. Fora disso, absorvemos, muitas vezes sem querer, os valores do mundo pós-moderno que exalta os direitos individuais às custas das responsabilidades e questiona as normas e os limites tradicionais ou bíblicos. Isso sem falar dos efeitos, nos hábitos familiares, da informática, do culto ao lazer, da globalização e da mídia de comunicação. Num mundo que corre a mil por hora e em que todos são bombardeados com informações desencontradas de toda a parte, muitos acabam confusos e desorientados.

UMA FAMÍLIA FELIZ—SONHO OU REALIDADE?
Quais as normas que devem ser seguidas quando jovens continuam no lar paterno depois de se tornarem adultos? Afinal, não há na Bíblia qualquer orientação dirigida especificamente a esta situação. Será possível alguém olhar para a nossa família e enxergar nela pelo menos um vislumbre da felicidade, intimidade, fraternidade e união familiar que a Bíblia tanto nos incentiva a imitar? (Salmo 133.1; 1 Coríntios 1.3,10; Hebreus 13.1) Sim, é possível aproximar-se deste ideal. Há esperança! Existem sábios princípios, que são bíblicos, que se aplicam e que, se forem seguidos, possibilitarão amenizar e evitar muitos dos problemas que têm surgido entre filhos adultos e seus pais e irmãos quando convivem sob o mesmo teto.

QUEM É QUE MANDA?
A primeira coisa que devemos estabelecer, antes de mais nada, é que a casa é dos pais e que quem deve mandar nela são eles. Foram eles que investiram suas energias, seus recursos e seu tempo no intuito de construir um abrigo confortável e sossegado para se refugiar das agruras do mundo externo. Nenhum filho tem o direito de diminuir ou tirar o bem-estar, tranqüilidade ou alegria paterna ou materna neste local criado por eles.

O lar, portanto, não é uma democracia onde pais e seus filhos crescidos devem ter voz igual, como alguns sugerem. Quando Paulo instrui Timóteo sobre quais os homens aptos a liderar a igreja (a “família de Deus”), ele diz que eles têm que ser pessoas conhecidas por governar bem a sua própria casa e pergunta: Se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus? (Efésios 2.19; 1 Timóteo 3.4,5 e 12) O governar a que Paulo se refere significa administrar, estabelecer regras e limites, exercer autoridade, reger…E já que o homem e a sua esposa são um e ela é a sua ajudadora—este controle é compartilhado pela mãe da família e os dois devem ser “honrados” pelos filhos—que é o primeiro mandamento com promessa (Gênesis 2.20,24; Êxodo 20.12; Efésios 6.2,3).

OS JOVENS DEVEM AGIR COMO “ADULTOS”
Quando chegam à idade em que tenham identidade independente — tendo autonomia legal, podendo votar, trabalhar e dirigir — os jovens se consideram adultos. Mas é difícil, muitas vezes, eles enxergarem as responsabilidades que se escondem por trás dos privilégios. Paulo descreve o seu próprio crescimento, dizendo que falava, sentia e pensava como menino quando era menino. Entretanto, quando ele se tornou homem, ele desistiu das coisas próprias de meninos (1 Coríntios 13.11). Isto significa mudanças radicais no comportamento, dentro do lar também, e tudo no contexto do amor — afinal, 1 Coríntios 13 é o capítulo do amor. A lista de exortações aqui (e em muitos outros lugares), sobre a maneira de ser e o trato com outras pessoas, se aplica a jovens igualmente e eles tem de lembrar que terão que dar contas de si mesmo a Deus (Romanos 14.12).

Em qualquer convívio, tem que haver respeito e cortesia. Pessoas civilizadas se saúdam, se despedem, comunicam seus planos e as mudanças nestes, como também possíveis atrasos, com as pessoas com quem interagem, especialmente se existem vínculos familiares e o andamento da vida destas pode ser afetado. Isto vale para os jovens e também para seus pais, para que não haja ocasião para surpresas ou preocupações desnecessárias ou ocorram desencontros desagradáveis.

OS JOVENS DEVEM SER TRATADOS COMO “ADULTOS”
Vimos que os pais são responsáveis, diante de Deus, pelo andamento e o testemunho da casa — tanto pelas atividades que permitem e promovem quanto pelas que proíbem lá — tudo conforme princípios claramente expressos na Bíblia.

Mas isto não significa, de jeito nenhum, que os pais têm mandato divino para manter controle sobre todos os aspectos da vida dos filhos adultos enquanto eles moram na mesma casa. O alvo paterno deve ser de progredir da fase de regulamentação geral (criança pequena) para o estágio de liberdade condicional (adolescência) até a etapa de independência total de decisão e ação (adulto). Não pretendemos advogar aqui a tendência dos pais de outros países de desalojar os filhos. Mas eles devem procurar se relacionar com seus filhos, desde a sua adolescência, com o amadurecimento e eventual emancipação em mente, preparando-os de tal modo que a sua partida para o mundo fora do lar nem seja excessivamente traumática nem por demais libertadora.

É preciso deixar os filhos adultos tomarem suas próprias decisões e deixá-los arcarem com as conseqüências ou resultados. À primeira vista, isto pode parecer contraditório ao princípio de que os pais devem mandar no seu lar. Mas não é, especialmente quando se trata do filho ou da filha que já se sustenta. O processo de criação terminou. A fase de disciplinar acabou. Fica muito feio um filho crescido ser dominado por seus pais. Ele não poderá agir como adulto, e muito menos se tornar um líder, se for sempre tratado como criança.

Pais, é bom reavaliar a situação nos nossos lares à luz de Efésios 6.4, Pais, não provoqueis vossos filhos à ira. Como nosso filho (ou nossa filha) descreveria o seu relacionamento conosco? Sente-se sufocado? Manipulado? Fiscalizado? Vigiado? Controlado? Por demais protegido? Respeitamos o seu gosto e a sua individualidade ou ficamos insistindo que bons filhos devem ser clones dos seus pais? Damos palpites em tudo, ainda quando eles não pedem? Ficamos ressentidos e transmitimos as nossas mágoas toda vez que ele ou ela toma uma decisão ou faz algo com que descordamos? Conseguimos engolir as palavras “Eu não lhe disse…?” ou “Se tivesse me perguntado…” Ficamos plantados, emburrados, na sala até que todos cheguem em casa, não importa a hora? Estamos afirmando, encorajando e elogiando mais de que censurando, admoestando e criticando?…

[Continua na parte 2]

Para os Professores:
Objetivo: Ao final da aula, o aluno deve reconhecer alguns dos princípios bíblicos que devem reger o convívio de pais e filhos adultos no lar.

A Idéia deste Estudo: Convivendo no mesmo lar, filhos adultos não devem explorar os pais e os pais não devem dominá-los.

Antes de Preparar a Lição: Sabemos que o nosso Criador usa o conceito “família” inúmeras vezes para ilustrar a tão maravilhosa beleza dos relacionamentos em Cristo. Deus se compara a um pai e nos exorta a agir como filhos e também como irmãos (Ef 5.1; Rm 12.10). O efeito que a vinda de Jesus deve ter nos relacionamentos familiares é tão importante que a promessa de conciliação entre pais e filhos encerra o Antigo Testamento (Ml 4.5,6) e inicia a história da redenção do Novo Testamento (Lc 1.17). Entretanto, por muitas razões, o convívio entre pais e filhos adultos, hoje em dia, é freqüentemente difícil e traumático. Muitos lares sofrem, mesmo dentro da igreja. Todavia, uma análise mais aguçada dos princípios que seguimos na nossa convivência, à luz das Escrituras, pode nos trazer alívio, paz e esperança.

Elizabeth Zekveld Portela
Adaptação da Revista Palavra Viva: O Lar Segundo Deus, Lição 12, 2001

7 Comentários a “Filhos Adultos no Lar (1)”

  1. eliana disse:

    Muito bom . tive uma filha aos l6 anos e hoje ela tem 23 anos e as vezes fico sem saber como agir com ela, e nunca encontrei na igreja alguem que me mostrasse á Luz da Bíblia como agir com ela…. vejo nas novelas pais submissos a seus filhos mandões e chantagistas e não quero ser assim.
    quero que minha maternidade seja usada por Deus para o REAL bem da minha filha. Deus abençõe.

  2. betty disse:

    Olá, Eliana: Sua situação, decerto, é totalmente diferente da minha. Mas todos tem o privilégio e a responsabilidade de usar o seu tempo e seus bens para Deus, da melhor maneira possível. Adultos devem ajudar e não limitar a vida de outros adultos. Peço a Deus para que Ele lhe dê mais e mais sabedoria. Quando nossos filhos tem esta idade, realmente temos que escolher bem se, como e quando falar. Nem sempre vamos acertar. Mas, com a ajuda de Deus, podemos ir aprendendo e crescendo. E nossos filhos também.

    Uma coisa que tenho percebido que tem ajudado a outras pessoas–é não permitir que os filhos sejam o centro da nossa vida quando são crescidos. Deus nos dá dons variados que podemos e devemos desenvolver. De vez em quando, precisamos parar e avaliar se estamos ficando passivas demais, deixando que outros esperam que façamos coisas que eles mesmos podem fazer (e, portanto permitindo que eles limitam as oportunidades de desenvolver ou usar os nossos dons). Uma coisa é a gente se sacrificar por amor porque percebemos dor/necessidade, seja temporária ou cronica. Outra é sermos exploradas continuamente por comodidade, sem o devido reconhecimento ou reciprocidade por pessoas (ainda que sejam amadas) que tem idade/condições/dever de assumir a sua própria vida (e, até, começar a cuidar da do seu próximo).

    Estou lendo um livro em inglês que encontrei em julho, com o título, I’m too young to be this old. (Sou jovem demais para ser tão velha.) Peguei porque vi que tinha histórias e achei que encontraria alguns relatos interessantes e, talvez, relevantes. Descobri muitas sugestões práticas para pessoas de meia-idade. Sou bem mais velha que você, mas ainda faltam 1 ano e meio para eu chegar nos sessenta anos e o livro está reforçando o que já estava começando a fazer– re-avaliar as minhas próprias prioridades para os anos que me restam, pela graça e para a glória do meu Pai celestial.

    A minha casa tem quatro gerações morando nela no momento e eu assumia quase tudo. Com o apoio do meu marido e a compreensão dos filhos e sogros, estou até pensando em estudar de novo, e tenho dado oportunidade aos filhos e noras/genro cuidar dos avós enquanto viajo com meu marido. Assim, já o acompanhei para Chile, os EEUU, Moçambique e Africa do Sul (mais alguns estados brasileiros) apenas neste ano e, talvez, eu ainda vá aos Estados Unidos novamente em novembro. Nem sempre é fácil e me pego até querendo reassumir a posição de resolver tudo e sempre para todos (compras de feira, supermercado, farmácia, consultas médicas, exames, tratamentos, consertos, caronas, babysitting) em meio a outra funções com minha profissão (tradução em casa) e atividades na igreja e comunidade. Além disto, tenho aberto o leque de possíveis tarefas para nossas duas maravilhosas ajudantes (são irmãs que vem em dias alternados). Elas já me dizem–pode ir descansada, Dona Betty. E tenho ido, e além de ter momentos especiais com meu amado, tenho conhecido e aprendido com outras pessoas e tido oportunidades de abençoa-las também, às vezes.

    Mas já é meia-noite e está na hora de dormir. Um grande abraço. Betty

  3. Eliana disse:

    Olá Betyy como vc está? Preciso muito falar com uma mãe cristã e inteligente, preciso de uma opinião. o que fazer para não sermos manipuladas por uma filha que gosta que nós decidamos a sua vida em tudo, que fica falando de seus problemas mas não pede o que precisa de nós, tipo: ai eu sei o que sofri e como sou tratada, ou estou morando de favor, mas não pede o que precisa, mesmo eu dizendo a ela que só farei o que ela me pedir, a culpa está me corroendo pois sinto que deveria fazer alguma coisa, mas não sei o que, o marido de minha filha parece gostar muito dela e se preocupar, mas ela não quer vê-lo, os dois brigam muito e ela diz que só mora c ele mas não é mulher dele, o que faço Betty?

  4. miriam disse:

    Gostaria de uma orientação…tenho um filho de 30 anos que mora em
    Los Angeles e nós (minha familia) aqui no Brasil em São Paulo.
    Ele é muito bom faz doutorado lá no EUA e vem para cá nas férias e
    quando está aqui é que começam os problemas, ele gosta muito de sair
    é solteiro e sai para as baladas e volta só no amanhecer, isto prá mim é
    um problema… não sei lidar com a situação…ligo no celular…não durmo enfim até eu acho que é uma reaçao meio doentia.
    Aguardo um comentario.
    Obrigada

  5. betty disse:

    Olá, Miriam:
    Entendo a sua preocupação. Nossos filhos já estão todos crescidos e casados, mas lembro-me da época em que eles também voltavam da universidade nos Estados Unidos para passar férias e saíam para encontrar-se com os amigos, voltando de madrugada, às vezes, por causa da programação ou da distância. Tinha vezes que eu, também, não conciliava o sono, sempre ficando aliviada quando ouvia o carro entrar ou a porta bater. Depois me dei conta que poderia entregá-los nas mãos de Deus do mesmo modo que fazia quando eles estavam fora e quando eu não acompanhava os detalhes do seu dia-a-dia tão proximamente.

    Entendo que ele está apenas lhe visitando e que, obviamente, ele é um adulto. Se ele morasse na minha casa o ano todo, algumas regras e limitações teriam que ser discutidas e estabelecidas. Entretanto, creio que, numa situação temporária assim, eu tenderia a não interferir exceto se ele trouxesse problemas para o lar em termos de comportamento violento ou prejudicial ou se ele tentasse lhe forçar a receber pessoas que agem de maneira danosa ou anti-ética.

    Se puder, uma vez que ele sabe da sua preocupação, não fique repetindo e recriminando, fazendo com que ele nem queira ver a sua cara porque sabe que será uma de mágoa e desaprovação. Ame-o, ouça-o sobre seus estudos, trabalho, vida, esperanças… Encoraje-o nas coisas boas que faz e tem feito… Foque nas coisas excelentes e positivas e não nas ruins. Faça com que ele goste de estar perto de você.

    E, se você for filha de Deus através de fé em Jesus Cristo como seu Salvador, ao deitar, leia uns textos bíblicos para si mesma e converse com seu Pai celestial nos momentos de angústia e temor. Fale não apenas do medo, desgosto, preocupação, etc., mas também identifique as muitas coisas que tem para agradecer, dentro e fora do seu lar. Depois tente dormir. Se não conseguir, ouça uma música suave. Leia ou releia um capítulo de um livro light (já tentou Histórias para Aquecer o Coração das Mulheres http://www.americanas.com.br/produto/6652290/livro-historias-para-aquecer-o-coracao
    ou Beijos de Alegria para Mulheres http://www.editoravida.com.br/loja/product_info.php?products_id=173
    ou …para Mães http://www.editoravida.com.br/loja/product_info.php?manufacturers_id=100&products_id=172 ?)
    ou leia ou veja alguma coisa com fotos ou filmes sobre a beleza da natureza. Até o sono chegar. Se ainda não deu, dê uma chave a ele e não fique esperando na sala…

    Tem horas em que uma mãe tem que praticar com o filho quase a mesma coisa que Deus orienta esposas de maridos descrentes a fazer em 1 Pedro 3.1, substituindo mães pela palavra mulheres (se alguns não obedecem à palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra).

    Cada caso é um caso. Eu não sou perita neste assunto, mas creio que os caminhos sugeridos são bíblicos. Que Deus a abençoe.
    Abs, Betty

  6. flor disse:

    oi, preciso da sua ajuda meu filho de quatorze anos foi morar com o pai, na mesma rua que moro com meu marido e minha filha de oito anos ele chama meu atual marido de pai, pois desde os tres anos de idade dele que meu marido me ajuda a cuidar dele,mais ele e meu marido brigaram pois meu filho estava muito rebelde , respondendo mal para todos dentro de casa, mentindo para nós e ai meu marido não aguentando mais foi falar com ele e quando vi os dois estavam se batendo deporrada foi horrivel ver meu filho indo emcima do pai que o criou e emu marido tb depois disso meu marido chorou muito e pediu perdão a ele e pediu para que ele não fosse embora mais não teve jeito, vemos ele sempre aqui na rua mais, ele finge não nos ver nao vem mais a nossa casa cansei de ligar para ele,ele fala que vem tal dia e não aparece estou sofrendo muito, não sei mais o que fazer meu marido chora muito por isso ,minha filha, sente saudade dele eu mais ainda, ele não responde minhas mensagens, corta caminho para não terque passar pela frente de nossa para não nos encontrar, o pai biologico dele coloca ele o tempo todo contr nós. me ajude por favor, o que faço?

  7. Juliana disse:

    Fiquei animada em ler palavras tão confortadoras.
    Só não sei lidar com a indiferença que recebo do filho adulto, pois fico magoada e isto me faz sentir uma culpa horrível.
    A indiferença dele acontece por qualquer motivo, basta ele se chatear no trabalho, não fala com ninguém e não aceita tratamento psicológico. Quer me dizer alguma coisa, por favor?

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