Grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres.
Salmo 126.3
The Master’s College, Santa Clarita, Califórnia.
Recebendo o Diploma das Mãos do Presidente, John MacArthur
Quero compartilhar uma grande alegria. Na sexta-feira, dia 09 de maio, completamos e encerramos a tarefa de educar os nossos filhos. Foram 27 anos de esforços educativos, para um, dois, três e depois quatro filhos; para depois ir decrescendo, quatro, três, dois, um.
Tudo em escolas particulares e, quase sempre, evangélicas—integrando o empenho de pessoas cristãs no ensino acadêmico com os esforços da família e dos irmãos da igreja para criar os nossos filhos nos caminhos e preceitos do nosso Deus. Agora, nosso caçula se formou.
De certo modo, isso deixa um vazio. Foram tantos anos de esforços para supervisionar o desenvolvimento e crescimento de cada um! Ajudando, fiscalizando, cobrando, estimulando, aconselhando, bronqueando, louvando, festejando…
Acompanhando as tristezas e alegrias no seu convívio com professores e colegas… Querendo pular ao seu lado e defendê-los na hora das desavenças com professores ou companheiros, mas procurando controlar-nos para descobrir melhor o que havia acontecido, cientes de que eram imperfeitos e nem sempre já preparados ou totalmente informados…
Esforçando-nos para ser menos controladores e permitindo, mais e mais, que eles fizessem as próprias escolhas. E deixar que eles colhessem ou sofressem as conseqüências das suas atitudes e ações… Orando e pensando com eles sobre como reagir quando haviam sofrido injustiças… Ou quando haviam errado…
Nem sempre acertando… Muitas vezes, aprendendo tanto quanto eles…
Indo para os encontros de pais e mestres, assistindo jogos e campeonatos, ajudando a decorar os textos das peças teatrais e a aprender as músicas dos corais e conjuntos… Torcendo para que aquela única nota saísse no momento e volume certo quando tocavam no coral de sinos…
Contribuindo com bolos e lanches para as programações… Indo para as reuniões das mães que oravam pelos alunos…
Deixando a casa encher-se de crianças e jovens, sem aviso prévio… Recebendo e amando os amigos de famílias problemáticas sem chamar atenção ao fato de que não queríamos que os nossos filhos dormissem na casa deles. Levando e buscando, levando e buscando… Quantos quilômetros rodados!
Acompanhando as flutuações no humor durante a adolescência, a intensidade dos amores que surgiam e que, quão frequentemente, desapareciam tão depressa quanto haviam aparecido, deixando a gente sentindo-se quase sogros um dia e, no outro, sem saber se ria ou chorava com o desaparecimento daquele ou daquela jovem das nossas vidas, provavelmente para sempre, por causa da intensidade das emoções sentidas ou rejeitadas….
Não vamos sentir falta das despesas, é claro—com mensalidades, livros e materiais escolares, transporte, passeios, uniformes, viagens para eventos culturais ou competitivos… Valores imensos—para dizer a verdade, a maior parte da nossa renda sempre foi gasta em escolas e viagens (já que minha família morava em outro continente). Mas valeu. Foi um investimento muito melhor do que em propriedades, luxo, jóias, roupas, bebidas do ano tal…
Não foi fácil. Quando pensávamos que não iria mais dar, eles mesmos oravam e trabalhavam. A nossa filha optou por uma universidade evangélica com uma mensalidade muito além das nossas posses. “Vamos orar, Mamãe.” E ela preencheu formulários, escreveu seu testemunho, conseguiu cartas de recomendação, comprovou seus serviços comunitários, descobriu bolsas de estudo que nem sabíamos que existiam, e conseguiu! Quando vimos, ela já tinha bolsas suficientes para pagar quase metade das despesas. Não sabíamos de onde tirar o restante, mas como relutar em face a tanta fé?! E Deus foi nos ajudando. Com ela. Com os outros. E eles trabalhando, nos estudos e em empregos, arrumando mais e mais bolsas, sacrificando-se, vivendo tão frugalmente que ficamos, por vezes, preocupados…
Para dizer a verdade, nem precisamos pagar os estudos dos últimos dois anos deste “menino” que se formou agora. Ele conseguiu tantas bolsas e premiações que teve que passar o excesso para outros alunos. Ficamos apenas com as despesas para sua manutenção e viagens. Foi um grande alívio, porque veio exatamente numa época em que tivemos que enfrentar grandes problemas de saúde com cirurgias e tratamentos que nem sempre os convênios cobriam.
Olhando para trás, reconhecemos as inúmeras vezes que Deus nos ajudou, aliviou, interveio… Foram muitas lutas… Escolhas… A opção de não abrir mão de entregar os nossos dízimos e, muito menos, de deixar de dar as ofertas e de aproveitar as oportunidades de amar e testemunhar, compartilhando aquilo que Deus nos tem dado….
Mas existiram ocasiões em que não oramos o suficiente, que não paramos bastante para avaliar e colocar as possibilidades e opções diante de Deus, que tentamos soluções precipitadas, que não procuramos pacientemente mais luz antes de decidir, que não nos humilhamos adequadamente… Portanto, Deus foi (e continua) nos ensinando, cortando a nossa auto-suficiência, fortalecendo a nossa dependência, socorrendo em maneiras inesperadas, amadurecendo o nosso relacionamento com Ele…
Hoje, graças a Ele, nossos filhos têm seus diplomas universitários—em filosofia, aconselhamento bíblico, comércio exterior e, agora, contabilidade. Por isso nos alegramos muito!
Betty
Seus filhos agradecem a Deus pela sua fidelidade e pelo seu constante apoio durante todos os anos percorridos nesta jornada. Peço perdão pelos momentos de aflição e angústia que causei, nem sempre escolhendo sabiamente o que fazia (ou o que não fazia). Deus tem se mostrado fiel nas vidas de vocês e de todos os seus filhos, trazendo-os para perto de Si e continuando a educá-los nos Seus caminhos, muito além das escolas e universidades. Um beijo do filho mais velho, da nora e do(a) netinho(a)-por-vir!
Parabéns Bety.Você merece.Missão cumprida.Nada melhor do que ver os filhos encaminhados profissionalmente e tementes a Deus.Breve chegará a faze gostosa dos netos.Continue fiel ao Senhor tudo irá bem.
Obrigado por sempre tomar um interesse na vida dos seus filhos, mãe e pai. Eu amo vocês! Se Deus quiser, em um mês nossa família se reúne mais uma vez. 🙂
Um beijo,
Darius
Mãe e Pai– Vocês escolherem o melhor jeito de gastar o dinheiro que reservaram para os filhos. Eu sou uma pessoa mudada e aprimorada, resultado das excellentes escolas em que estudei. Obrigada pelo carinho, as lágrimas, os sacrifícios que tiveram que tomar para que eu pudesse estar onde estou hoje. Amo muito vocês.
Grace
Tenho orgulho dessa família…
🙂
Cara irmã Betty,
Sempre leio os seus pots e esse é emocionante. Acabei de começar a minha faculdade, estudo em universidade pública, e acabei o ensino médio há dois anos. Lembrei de todo período que minha mãe se esforçou para pagar a escola particular, durante todo meu ensino fundamental, e por várias coisas que passei. As reuniões de pais, as visitas inesperadas dos colegas para trabalhos, os ótimos professores, os maus, os amigos que seguiram, os que ficaram e todos os dias quando ela chegava do trabalho, já à noite, e sempre conversava, escutando-nos, repreendedo-nos ou/e sofrendo comigo e a minah irmã. Tudo isso pautada no Senhor! Ah, que alegria! Meus parabéns pelo post e por sua família!
Ao Senhor toda Glória!
Que história linda, interessante notar que muitas vezes contamos histórias de uma vida toda e mencionamos o sofrimento apenas como instrumento de Deus para nos aperfeiçoar, fazer crescer e isso para glória dEle. O que fica são alegrias, lembranças de tantos bons momentos e a doce promessa que o melhor está por vir…
Que Deus continue com vcs, com toda sorte de bençãos!!!
Cara Betty,
Nós nos alegramos juntamente com vocês, e louvamos a Deus, por Ele ser o Deus do pacto, que prometeu ser não somente o nosso Deus, mas também dos nossos filhos.
É muito bom ver o Cristianismo vivido!
Um abraço,
Felipe, Aguimar, Letícia, Beatriz e Spurgeon
Cara Betty
Ao escrever seu nome assim pareço intrometido, pois não tenho a intimidade dos amigos acima… Mas te conheci hoje lendo uma crônica sobre “lidando com a terceira idade”, depois outra, e mais outra, e mais outra e cheguei até nesta.
Felicito-a no nosso bondoso Cristo pelos seus grandes feitos e Sua terna misericóridia despendida sobre você e os seus familiares. Continuem contando para todos estas maravilhas… nunca parem de falar até aquele dia onde ouviremos do Amado: BENDITOS DO MEU PAI, ENTREM PARA AS BODAS!!!
Lá eu vou conhecer você e sua família.
Que Deus continue a inspirá-la, “a enche-la Dele”, e escrever desta forma tão meiga e graciosa… Parabéns a todos nós por tê-la no Corpo
Adelino Fernandes
Graça e Paz
Prezada Betty desculpe se for indiscreta, mas quantos anos tem David?
Tenho a vaga lembrança de vê-la gestante e ter acompanhado o nascimento dele…(que se não me engano foi um milagre)
Congreguei na mesma Igreja que sua família em Recife na IPFR e na IPR, mas talvez não se lembrem de mim. Seu esposo Solano presbítero e professor de Escola Dominical e depois foi professor no IPVNE onde fiz parte da primeira turma (tanto tempo já passou 27 anos).
Bem mas quanto ao David, não sei a idade dele, efetivamente comecei a congregar na IPFR em 1976 aos 13 anos, ano da minha pública Profissão de Fé.
Seus textos são maravilhosos.
Um abraço.
Flávia.
Querida Betty, como é gratificante poder compartilhar da sua história não só através desse blog, mas podendo trocar poucas palavras, aos domingos, conversas essas muitas vezes cortadas por outros queridos que também desejam dar um “olá”. Mas sabemos que há um cuidado e carinho mútuos e que podemos contar uma com a outra em situações críticas. Hoje, particularmente, Gilberto e eu queremos cumprimentá-la e também ao Pb. Solano pelos 35 anos (Bodas de Coral) de casamento! Que Deus derrame as mais ricas bençãos sobre a vida de vocês e fortaleça ainda mais suas vidas e seu enlace! Um forte abraço,
Maria Alice
Parabéns Betty. Fiquei feliz por saber mais sobre as realizações dos meus primos que Deus possa sempre esta presente em suas vidas. As crônicas estão otimas. Gostei muito de ler a crônica de tia Delei. Assim pude relembra algumas das historias que papai tanto contou. Um grande abraço para todos de sua prima.
Rosilany