Pós-Cirurgia de Tireóide (8)

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Comentando os Comentários

Overwhelmed

Continuo recebendo comentários aos meus posts sobre a vida durante e depois da cirurgia na qual removeram a minha tireóide, em maio de 2009, especialmente os do número quatro, onde já tem 54 comentários de 40 pessoas. Consegui responder a alguns de imediato, mas não pude, e não posso, responder a todos, individualmente, mas vou tentar mencionar uma boa parte aqui.

Existem pessoas como a Rosangela, que se recuperaram logo e/ou tiveram poucas seqüelas e nódulos benignos. Renata Lucena, depois de seis dias de operada, relata uma recuperação, que é o sonho de qualquer paciente. Ficamos contentes por ela. Outras, como Mara Élida, contam que ainda irão fazer a cirurgia e agradecem as “palavras incentivadoras”. Mas isto foi em junho – já deve ter sido operada.

Por outro lado, Marcilene tirou a tireóide há 15 anos, ainda sente dores, e quer saber por que. Sugiro que ela procure um endocrinologista (ou um clínico geral) para compartilhar seus sintomas. Enquanto isso, Rosane Costa escreve três dias depois de ter retirado um nódulo de 5 cm, numa cirurgia parcial. Está bem, mas preocupa-se com a volta da voz pois é cantora evangélica. Creio que, com o aumento nos casos de tireoidismo, este será um problema crescente para aqueles cuja voz é instrumento de trabalho, de prazer e de ministério. Entretanto, sendo evangélica, ela pode ter certeza que tudo contribui para o bem e que, se ela procurar se curvar à vontade dele, Deus lhe dará paz.

Ri um pouquinho com a introdução da Inokitas. Ela nos aconselha a não “correr logo feito loucos para pesquisar (na Internet) pois só colocamos macaquinhos no sótão”. Entretanto, ela deve ter feito uma pesquisa bem trabalhada para encontrar meu post número quatro e comentar nele.

Ao ler os comentários dela, pensei logo—esta senhora mora no Portugal ou em alguma ex-colônia portuguesa. Ela tem uma maneira tão bonitinha de se expressar…. Fui verificar e, realmente, o IP dela é de Portugal (portanto, Mônica, creio que o telefone do fonoaudiólogo dela não vai lhe servir em São Paulo!) A Inokitas fez a cirurgia há um ano e pouco e também sofreu bastante com a voz. O nódulo dela era enorme (mais de 10 cm) e para dentro. Portanto as suas cordas vocais foram esticadas e ela teve grandes problemas de falar no início. Teve que recorrer a uma terapeuta e diz que esta “ajudou-me rapidamente a ter uma vida normal. Dei por mim a apertar a barriga, a habituar-me a respirar com o diafragma… Por incrível que pareça a maior parte de nós não sabe respirar como deve ser, visto não exercitarmos o dito diafragma—o que nos obriga a encher a barriga de ar e não os pulmões… Também fazia vários barulhos sonoros para a voz voltar… Hoje, passado 1 ano e 3 meses, estou bem, falo que nunca mais me calo; noto que já não consigo cantar facilmente em agudos.”

Ela teve muitas dificuldades em engolir e beber água, mas estas também passaram. Foram “momentos de frustração e choro total”, mas “agora bebo como antes, muito mesmo…  Agora sempre que ‘tou cheia de sede e pego numa garrafa e bebo-a de seguida, me lembro dos 2 meses que tive esta dificuldade…

Creio que aquilo que escreveu nos ajuda a ver que, ainda que nem tudo sai como gostaríamos no início; com o passar do tempo e com certas iniciativas, muito pode melhorar. Suas palavras me incentivam a antecipar a procura por um fonoaudiólogo para fazer terapia de fala. Será que algum leitor ou leitora pode me indicar alguém qualificado na área de Higienópolis em São Paulo? Que, preferivelmente, atenda pelo convênio da AMIL…

A Ruth (que se operou no início de agosto deste ano) escreveu um mês depois com suas preocupações a respeito da cicatrização e o incômodo ao engolir. Também não sabe se tirou todo o tireóide. Iria voltar ao trabalho no dia 08 de setembro. Penso que ela deve pedir detalhes da cirurgia ao seu médico e procurar um laudo por escrito do diagnóstico original e daquilo que foi feito. No meu caso, o cirurgião escreveu um relato para me encaminhar à endocrinologista. Se os termos usados lhe forem desconhecidos, peça uma explicação, educadamente.

Sempre é uma boa idéia levar um caderno para o consultório médico. Antes, anote todos os sintomas que está sentindo e todas as perguntas que tem, pois, normalmente, alguns detalhes nos escapam na hora, quando estamos nervosas ou, especialmente, se o médico parecer estar com pressa. E vá anotando os pontos principais enquanto o doutor ou a doutora explica, para poder compartilhar o que foi dito com as pessoas que lhe são próximas, usando a terminologia exata. Se não entender o termo, peça com jeito para ele/ela soletrar ou anotar por você. (Hoje em dia, os mais avançados entre nós já se aproveitam do recurso de registrar no telefone celular ou outra engenhoca digital).

Andréa compartilha um problema que eu ainda não conhecia—o quelóide. Procurei o termo na Internet e vi que é uma dificuldade na cicatrização. É “uma cicatriz que não sabe quando parar de crescer”. Ele se caracteriza por uma cicatriz endurecida, que se eleva acima do nível normal da pele. Espero, entretanto, que seja apenas um susto, pois não fazia muito tempo desde que ela havia feito a cirurgia (18-08). Quando escreveu, ela ainda não havia recebido o resultado da biopsia.

A Márcia confessa que enrolou cinco anos para fazer a cirurgia e que tremia muito na hora de tomar a anestesia. Entretanto, agradece pelas coisas escritas no blog (que ela descobriu um pouco antes de sair de casa no dia em que se internou) e compartilha que “a cirurgia foi tranquilíssima”. Esperamos que a recuperação tenha sido boa, como também a de Ricardo, que tem a idade do meu filho mais velho, e é pai de uma filhinha, e que iria tirar o tireóide com um nódulo com “células perigosas”.

Uma outra Márcia compartilha que teve que fazer duas cirurgias em seguida porque descobriram que estava com câncer apesar de todos os indícios iniciais ao contrário. Primeiro ela tirou o lóbulo esquerdo e, depois, o tireóide inteiro. Ainda estava em recuperação quando escreveu e lutando com uma repentina rouquidão. Iria fazer uma laringoscopia por conta disto. Ainda não sabemos do resultado, nem dos passos seguintes receitados pelo médico.

A Catia tinha um monte de perguntas no dia 18 de agosto, que, espero, já foram respondidas pelo médico dela. Pela minha própria experiência, a cirurgia durou poucas horas, a internação foi de um dia e uma noite e repousei por mais ou menos uma semana (sem ficar na cama, apenas evitando carregar peso ou movimentar-me muito).  Demorei um pouco mais para poder dirigir. Talvez ela queira nos contar sobre os passos que já seguiu. A Carla, cujo marido iria fazer a cirurgia, queria saber se a minha anestesia foi geral. Foi.

A Camila fez a cirurgia há dois anos e ainda sofre de várias maneiras (cãibras, formigamento, alta dose de hormônio, voz). Pelo que fala, penso que devem ter mexido com as paratireóides dela. Mas ela diz que dá “graças a Deus por ter passado por tudo isso; aprendi muita coisa, a dar mais valor na minha vida, por exemplo”.

Vera Medeiros fez tireoidectomia total no início de julho. Estava em casa, ainda com dreno, e sem medicação alguma (cálcio, hormônio…). Só Tylenol para dor, que felizmente não tinha. Sua voz “por enquanto” estava normal. Perguntou em quanto tempo iria começar a tomar Synthroid? Retornaria ao médico no dia 13/07 para remoção do curativo e “orientações”. Queria saber se estava tudo dentro da normalidade.

Respondi mais ou menos assim: Olá, Vera:
Que bom que sua voz está normal! Estou quase com inveja! A minha continua rouca.

Temo em lhe dar algumas orientações que entrem no campo do médico, pois sou apenas paciente também. Na minha avaliação, entretanto, a sua cirurgia talvez possa ter sido parcial. Isto explicaria a falta de necessidade de hormônio. E, talvez, não precisaram mexer muito com as glândulas paratireóides e, portanto, não esperam que sinta falta de cálcio. Se você estiver sentindo-se bem, dê graças a Deus e não se perturbe. Entretanto, se você estiver muito preocupada, ligue para o consultório do médico e pergunte sobre seus temores. Faça antes uma pesquisa na Internet, jogando as palavras “tireóide” e “cirurgia”. Encontrará sites como este da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Depois me conte o que descobriu.

Alessandra estava com problemas na tireóide em 2006, engravidou e parou com os exames. Apenas recentemente voltou a fazê-los e confessa que está com medo de fazer a cirurgia. Não sabemos os resultados e se já marcou a data. E nem temos mais informações sobre a Josy que ainda estava na fase inicial dos seus exames.

Denise estava sofrendo muito. Ela já penava com os efeitos de um desequilíbrio hormonal antes, e parece que a cirurgia, em 15-05-09, não resolveu tudo do jeito que sonhava, apesar do tumor ser benigno. Ela se manifesta desejosa de receber o input dos leitores. Creio, entretanto, que não temos médicos/especialistas entre estes e sugiro, se não melhorou, que procure logo outras opiniões de especialistas na cidade dela, talvez recomendadas por pessoas conhecidas.

Marlene mora numa ilha dos Açores, no meio do Oceano Atlântico, e iria para Portugal retirar um único nódulo em Lisboa no mês de setembro. Espero que ela tenha alguns parentes ou amigos para fazer-lhe, ou que conseguiram fazer, companhia durante este período e que os funcionários do hospital conseguiram passar tranqüilidade e confiança para ela para logo-logo poder voltar à companhia da sua filha de 10 anos. Gostei que a leitora Joseanny parou para dizer-lhe umas palavras encorajadoras.

Num comentário anterior, a Joseanny compartilhou que sofria muito com os problemas de tireóide, com seu humor e com sua aparência e que, 40 dias depois de uma tireoidectomia total, “hoje só vejo flores em minha vida… Estou feliz…muito feliz…graças a Deus! E até agora ainda não consigo relatar minha história se não for com lágrimas rolando, como agora por exemplo. Pode até parecer exagero, mas quem enfrentou um problema como tal, sabe com precisão o que estou tentando passar aqui.” Isto apesar de continuar rouca. Ela também tem uma caixinha como a minha “para guardar os remédios pertinho do travesseiro”.

Ana Kelly Natali, de 35 anos, fez tireodectomia total em 22 de julho, quando se assustou com a descoberta de vários nódulos com células malignas de dois tipos. Esta mãe e esposa jovem ainda estava se recuperando das seqüelas da cirurgia e já se preparava para fazer a iodoterapia quando escreveu. Entendo que este é um processo bastante difícil, mas muito mais rápido e com chances de vitória bem maiores do que muitos outros tratamentos para câncer.  Oremos, portanto, por ela e por sua família nestes dias.

A Marge enfrentou um carcinoma e tem apenas uma corda vocal funcionando, mas superou tudo e diz que teve medo dos tratamentos mas “tudo foi bem tranqüilo (até demais!!)” Seu relato é encorajador e ela ainda sugere para Patrícia que use a pomada Contractubex para a cicatriz (no caso dela, “ficou bem clarinha e quase imperceptível.”)

A Adriana diz que está com a “tireóide dolorida” e pergunta como começou o meu problema.  Respondi que não senti dor no local. Foram os exames de TSH, T3 e T4 que acusaram o problema (referi-me a última parte do meu post, Alegrias e Tristezas). A melhor coisa seria procurar um médico se a dor persistir. Perdurando por apenas um pouco de tempo, eu não me preocuparia. Ela poderia, também, pedir para seu médico solicitar estes exames da próxima vez que fizesse alguma consulta.

Joseane também fez uma tireoidectomia total e escreve depois de uma semana (no dia 30 de julho), comparando aquilo que sentiu e sente com o que eu descrevi. Foi poupada de vários problemas, mas enfrentava rouquidão e queria saber se a minha voz voltou ao normal (como já disse, meu marido diz que, apesar do ceticismo dele, ela está quase normal). As punções pré-operatórias tiveram resultados benignos, entretanto ela ainda esperava o diagnóstico dos exames pós-operatórios em vários nódulos. Torço para que tenham sido negativos também.

No comentário dela, a Hozana pretendia fazer a mesma cirurgia no dia 14 de setembro, e compartilhou as suas incertezas e temores, especialmente porque já havia sido diagnosticado o câncer e, portanto, ela não podia esperar até janeiro quando o convênio médico dela lhe daria cobertura. Queria saber se algum(a) leitor(a) já se operou no hospital de Heliópolis. Minha resposta, compartilhando algumas coisas sobre o hospital e o tipo de câncer (papilífero) dela está aqui. Depois, ela escreveu novamente, agradecendo e compartilhando que a cirurgia foi adiada para o dia 24 de setembro e pedindo nossas orações.

Interagi também com a Maria Souza que iria fazer a cirurgia no dia 14 de setembro e  pediu orientações dos leitores sobre se deveria retirar toda a tireóide, tendo um “nódulo com células de Hurthle”. Eu ainda não conhecia estas células mas pesquisei e fiz algumas considerações aqui, falando também do seu médico, cujo nome aparecia pela segunda vez nos comentários (e já foi citado novamente depois).

A Ingrid pretendia tirar a tireóide no dia 6 de outubro por causa do diagnostico de carcinoma papilífero após uma punção. Ela se sentia “muita sozinha, e com medo de estar ficando paranóica”.

Respondi da seguinte maneira: Quando descobriram os meus nódulos, fui investigar sobre problemas com a tireóide e descobri que são muito mais comuns do que pensamos. E que muitas das minhas amigas e parentes estão em tratamento ou fizeram a cirurgia e eu nem sabia, porque estão convivendo bem. Minha cunhada me contou que toma um remédio bem parecido com o meu desde a sua adolescência (e ela agora tem 55 anos) e, na semana passada, uma amiga de muitos anos (que mora distante) também compartilhou que está tratando um desequilíbrio hormonal causado por disfunção na tireóide, com sucesso, há uns dez anos.

Entretanto, sei que o susto pode ser grande. A melhor coisa para fazer é aproveitar a ocasião para repensar a sua vida, as suas atitudes, prioridades, relacionamentos. Confie no médico e converse com outras pessoas. Você poderá ficar impressionada quando descobrir quantas lidaram ou que estão lidando com doenças tireoidianas. Assim você não se sentirá tão sozinha. Ainda que o nódulo seja canceroso, saiba que muitos cânceres de tireóide (a maioria) respondem bem aos tratamentos e tenho a impressão que o papilífero é a “melhor” de todos (o menos maléfico).

Seguem alguns sites que podem lhe dar mais informações sobre a tireóide, sua função e doenças. Vale a pena se informar, pois assim você desfará alguns mitos ou conceitos errôneos e pode se preparar melhorar. Creio que sentirá menos medo também.

http://www.indatir.org.br/a_tiroide.htm
http://saude.abril.com.br/especiais/tireoide/tireoide.shtml

Espero que isto ajude. Fique calma. Faça a cirurgia e nos conte depois como foi.

O Mário está preocupado com o fato da esposa começar a sentir “forte comichão” nas pernas, braços e cabeça depois de dois anos. É possível que o “especialista” tenha razão sobre a causa não ser o hormônio sintético. Entretanto, deve existir uma causa e sugiro que eles procurem um clínico geral para orientá-los sobre que tipo de especialista consultar. Se fosse logo depois da cirurgia, eu pensaria nas paratireóides. Agora não sei. Mas vale a pena pesquisar. De repente, a solução é algo bem simples e ela será grandemente aliviada…

A Mônica deve já ter feito a remoção total. A punção já mostrou câncer mas ela está encorajada com as chances de cura deste tipo e escreve palavras encorajadoras enquanto expressa seus temores. É bonito ver alguém declarar que ama seu marido depois de várias décadas de companheirismo. Estamos torcendo por você, Mônica, e esperando a continuação do seu relato. A Maria Salomé também está com medo mas agradece as informações.

Creio que a Noemir ainda não leu meus outros posts porque pergunta algumas coisas que já respondi. Está feliz porque a suspeita de câncer (via punção) não se concretizou. Sim, Noemir, a rouquidão é um problema para alguns de nós, mas eu esperaria mais algum tempo antes de me preocupar. Depois de quatro meses, eu ainda noto melhoras significativas, lentas, mas certas. A respeito da dor no pescoço, se não passar, consulte um clínico geral, descreva exatamente o que sente, e ele deverá lhe encaminhar para o médico que poderá lhe ajudar. É bem possível que as suas queixas não tenham nada a ver com a dosagem do hormônio, exceto a ansiedade se for algo muito diferente do seu jeito normal de ser. Entretanto, muitas pessoas com problemas de tireóide conseguem um equilíbrio emocional muito melhor com o tratamento adequado.

Outra Mônica fez uma cirurgia parcial e não precisa tomar hormônios. O problema dela, depois de sete meses, ainda é com a voz. O otorrino sugeriu outra cirurgia, desta vez nas cordas vocais, mas ela escreve, aliviada e feliz, que foi ver o cirurgião e que este sugeriu que fizesse fono. Vá em frente, moça, mas como já comentei lá em cima, não espere por Inokitas lhe passar o telefone da pessoa que ajudou com a voz dela, pois ela mora bem, bem longe da gente. A Priscila, 1 mês e 15 dias depois da retirada de um módulo, também foi passada para um fono porque sua voz “quase não sai.”

Pronto, vou parar por aqui. Parece que gastei mais tempo inserindo os links aos comentários e artigos, do que respondendo aos comentários. Mas espero que este ajuntamento de pensamentos e interações dos leitores com as minhas respostas possam servir para aumentar o conhecimento de vocês e de encorajamento para aqueles que ainda passam ou passarão por esses procedimentos.

Até a próxima. Betty

372 Comentários a “Pós-Cirurgia de Tireóide (8)”

  1. Carlos disse:

    Retirei a tireóide total foi tudo bem com a cirurgia mas tive uma falta grave de potássio fiquei sem força nem uma não parava em pé .já faz sete dias e a tremedeira não passa estou tomando os remédios e normal ficar tremendo mesmo depois de retirada

  2. betty disse:

    Olá, Carlos. Não sou especialista e realmente não sei porque você ficou com “uma falta grave de potássio”. Muitas vezes, as pessoas ficam com falta de cálcio porque os médicos mexeram com as glândulas para-tireóides enquanto procuravam remover todo o problema relacionado com a tireóide. Isso causa cãibras e formigamentos e normalmente se resolve em pouco tempo com a administração de doses de cálcio, conforme o grau do problema.

    Creio que será bom retornar ao seu médico, um clínico geral ou um endocrinologista para uma avaliação. Ou um Pronto Socorro, se não conseguir neste tempo de feriado.
    Que Deus o abençoe, permitindo logo um retorno a “normalidade.”
    Abs, Betty

  3. claudete disse:

    Realizei a retirada total da tiróide há um mês e continuo sem voz os médicos dizem que vai voltar com o tempo mas estou muito insegura algemas pode me dar uma luz ainda tenho sintomas de estrangulamento e falta de ar.
    Agradeço quem puder falar sobre o assunto

  4. betty disse:

    Eu demorei uns très meses para recuperar a voz, Claudete, mas cada caso é diferente. Se os problemas continuarem, a falta de voz em conjunto com a sensação de estrangulamento e falta de ar, consulte um otorrinolaringologista. Para a voz, também pode consultar um fono. Muitas vezes, especialistas dessa área podem ajudar. Espero que melhore logo! Abs, Betty

  5. Rita Urbanetto disse:

    Oii.Fiz tireodectomia total por conta de um carcinoma papilifero.Gostaria de saber,quanto tempo leva para desinchar totalmente o pescoço e passar esses encomodos tipo assim tem horas que parece que ta crescendo e sinto um peso no pescoço,é muito estranho tudo isso.Tirei 2 linfonodos tbm no lado esquerdo.

  6. betty disse:

    Rita, cada caso é um caso. Sempre dura alguns dias para desinchar. Às vezes, algumas semanas. Creio que, com a retirada dos linfonodos, a sua cirurgia foi mais extensa. Continue fazendo acompanhamento médico. Se já retornou ao cirurgião, e continuar tendo problemas, procure um clinico geral para lhe encaminhar ao especialista mais indicado. Que Deus a abençoe, Betty

  7. Josimara Mazetto disse:

    Olá, meu nome é Josimara.
    A quase 1 ano fiz TT. dia 04/06/2015, a cirurgia em si foi muito tranquila.
    Mais logo em seguida, senti formigamentos e achei q logo passaria.
    Continuo repondo cálcio e fazendo exames regulares para controle.
    Gostaria de saber se é possível que em algum momentos minhas paratireóides podem voltar a funcionar e se aconteceu com alguém?

  8. betty disse:

    Querida Josimara: Se você não conseguir uma resposta com seu médico atual, sugiro levar seus exames e o laudo da sua cirurgia para outro médico (clínico geral, endocrinologista, laringologista ou…) para ele/ela avaliar a sua situação atual via exames clínicos, ultra-som, etc. Tem vez que as paratireoides realmente são danificadas ou, até retiradas, dependendo da situação. Que Deus a abençoe. Betty

  9. Simone disse:

    Oi, no dia 04/12/2014 fiz a minha cirurgia TT e tinha um nódulo, graças a Deus não precisei de iodo, mas meu agudo da voz foi embora junto com a tireoide,kkkk, não consigo cantar mais, o fôlego é um problema hoje, mas nada disso importa, do caus q foi minha vida antes da cirurgia, perdi 30 kilos em 10 meses, no final, pouco antes da cirurgia não estava passando nem água, foi terrível, mas
    passou!!!!!!faço meus exames regularmente e está tudo bem!!!!!!

  10. betty disse:

    Querida Simone: Que bom que a “novela” terminou! Creio que a gente sobrevive melhor, quando entende que tem hora que podemos apreciar que aquilo que nos ocorreu foi “dos males o menor”. E dar graças a Deus. Tem hora, também, que só temos paz e alegria quando procuramos enxergar belezas e bondades, ainda sendo pequeninas, como presentes não merecidas de Deus. E aí, você precisava perder os 30 kilos? Ou está trabalhando para recuperá-los para ficar “do tamanho certo”. Que Deus a abençoe. Abs, Betty

  11. Denise Ferreira disse:

    Também esqueci de relatar que sou diabética.

  12. sandra disse:

    Olá,

    Vejo mutas pessoas preocupadas com a cicatriz, olha isto é muito pouco para se preocupar diante de tudo e afinal as mulheres sempre são um jeitinho de disfarçar…

    No meu caso sumiu totalmente após 6 meses, ninguém precebi. O que eu fiz?

    1) Óleo de amendôa (bem baratinho na farmácia) fiz massagem durante o banho, já deixei perto do chuveiro, é ótimo para hidratar a pele e evitar quelóides (massagem forte); e pomada kelo cote a noite.

    Boa sorte a todos!!

  13. shirlei disse:

    Fiz a cirurgia da retirado total da Tireoide faz 10 dias, ao retirar o curativo percebi que esta inchado demais, parece que engoli um ovo inteiro, já li diversos relatos mas nenhum igual ao meu…
    a médica disse que criou gordura e somente retorno daqui 15 dias, estou peocupada demais, devo procurar o medico?

  14. betty disse:

    Olá, Shirlei. Se entendi direito, você já consultou uma médica e ela não ficou preocupada. Creio que procuraria o doutor se a área estivesse inflamada, vermelha, dolorida… Ou se estivesse me sentindo doente, nauseada, com mal estar… Continue protegendo a área contra o sol e os olhares curiosos com um xale ou golas altas até o retorno. Espero que diminua e que logo passe. Que Deus a abençoe. Abs, Betty

  15. Renata disse:

    Olá. Fiz a retirada total da tireoide em Setembro de 2016, por conta de um carcinoma papilifero. Tive queda de calcio, enfim tudo se normalizou graças a Deus. Mas o que está me deixando triste é que meus agudos se foram. Eu cantava na minha igreja e eles eram perfeitos. Mas agora não consigo mais sustentar a voz quando as notas sobem. Louvores que antes eu louvava sem problemas, hoje não saem. O que eu faço? Será que em um ano ou mais ela voltá? Ou ficarei assim pra sempre? Obrigada!

  16. betty disse:

    Renata, infelizmente, essa consequência é possível, às vezes, porque eles mexem com as cordas vocais durante a cirurgia. No meu caso, a minha voz normalizou após uns três meses, mas eu já não cantava bem antes… O que você deve fazer é consultar um fonoaudiólogo, levando os dados e os exames relacionados à cirurgia. Saber o tamanho e a localização de tumor(es) ou cisto(s), e ter os comentários pós-cirúrgicos do cirurgião, podem ajudar com o diagnóstico. O fono pode sugerir exercícios e procedimentos que talvez ajudem a melhorar a sua situação. Vale a pena tentar. Que Deus a abençoe. Abs, Betty

  17. Elisabete disse:

    Cá estou com atualização do meu caso.
    Seis dias depois da tiroidectomia total senti-me a melhorar. O pescoço é parecido com o do pelicano, diz a minha filha Sofia, mas vai voltar a ser de garça, diz a minha amiga Olívia. Tiraram os pontos e aconselharam-me relativamente ao tratamento da cicatriz. Massagens com creme Nívea da caixa azul e protector solar. As análises estavam dentro dos valores normais. Estou a fazer o desmame do cálcio. Fui ao otorrinolaringolista e confirmou-se a paralisia da corda vocal esquerda. Marquei consulta com terapeuta da fala. Sou professora. Ou recupero a voz ou acabou-se a leccionação.
    Mas sinto-me a melhorar, finalmente.
    Saudações a todos os sem-tiroide.

  18. betty disse:

    Olá, Elisabete.
    Percebo pela sua maneira de “falar” que deve morar em outro país ou num lugar diferente de mim. É portuguesa, por acaso?
    Com relação à voz, vá com calma. A sua cirurgia é recente. Eu mesma demorei uns 3 meses para voltar ao “normal”. De nem meus filhos me reconhecerem no telefone no início, voltei a ser reconhecida por amigas de quarenta anos atrás, sem me identificar. Quando tirei meus pontos, o médico sugeriu que eu esperasse para procurar um tratamento adicional e no meu casa estava certo.

    Entretanto, um fono pode ajudá-la a se recuperar mais rapidamente, com exercícios e práticas para fazer (e para evitar).
    Tenho uma amiga cuja corda vocal foi diagnosticada como paralisada, que vivia usando a voz com crianças, que teve acompanhamento assim e que voltou a ter suficiente recuperação e acompanhamento para continuar trabalhando. Tem muitos truques e hábitos que todos os professores deveriam aprender para usar/poupar a voz de modo melhor.

    Portanto, espero que você consigo se recuperar também. Ou, se por acaso não for possível, que Deus possa abrir os seus olhos para a utilização ou desenvolvimento de outros dons e/ou oportunidades especiais que você nunca teria considerada de outro modo.
    Um grande abraço, Betty
    P.S. Você está comentando em outro post (8) do que o original (5).

  19. mara disse:

    Ola Betty!Fiz minha TT em 05/04/2017, 6 meses atrás, estava tão bem…só que agora comecei a pensar se realmente com o hormonio sintético conseguirei viver normalmente, Betty ele substitui mesmo? dá para viver bem? devia ter perguntado isso com mais insistencia ao médico, forte abraço, fique com Deus!

  20. betty disse:

    Olá, Mara. Só agora (13-11) é que percebi seu comentário. Para mim, o remédio funciona muitíssimo bem para mim. No meu caso é Synthroid 100, um comprimido, logo após acordar, e estou tomando desde maio de 2009. Espero que tenha a mesma experiência. Um grande abs, Betty

  21. Amanda Ivanski disse:

    Olá, Gostaria de compartilhar e saber se vcs passam pelo mesmo que eu. Bom em agosto do ano passado passei por uma cirurgia de URGENCIA pois apos um forte resfriado descobri que tinha um tumor na tiroide e que também estava afetando minha traqueia e causando dificuldades de respirar. Entrei no centro cirurgico as 9h da manhã e voltei ao quarto as 17h, foi uma cirurgia bem delicada mais correu tudo bem fiz a retirada total da tiroide.. A biopsia constou 4 tumores de 8cm porém benignos, graças a Deus. Hoje em dia me sinto bem tomo hormonio todos os dias e como hoje em dia vivo em Portugal os nomes nos remedios são um pouco diferentes, aqui tomo Eutirox. Já se passaram mais de um ano e me sinto bem, não vou mentir dizendo que vivo 100% mais me sinto bem… A unica coisa que adquiri apos a cirurgia, nem mesmo eu sei se tem a ver com a cirurgia, mais desde então sinto muita dificuldades em engolir liquidos ate mesmo salivas, e quase todas as noites tenho refluxo, sem contar que tem dias que meus hormonios ficam lá em baixo e não tenho vontade alguma nem de sair da cama.
    Foi muito bom compartilhar e ver um pouco da historia de cada uma.

  22. rita disse:

    Retirei metade da minha tireoide e 1 paratireoide em 18/09/2017 e para minha surpresa desenvolvi transtorno de ansiedade generalizada e sindrome do panico . Jamais faria esta cirurgia de novo , me arrependi muito . Minha tireoide tinha um nodulo benigno mas um pouco grande que não me atrapalhava em nada mas tive que tirar 1 paratireoide pela hipercalcemia …. já li varios relatos de panico e aniedade generalizada pós cirurgia de tireoide …. que arrependimento !!!!!!!!!!!!!!!!!!

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