Arquivo de março de 2007

Minha Filha Quer Casar (3) — Os Pais dele… Os Pais dela…

28 de março, 2007

Toda vez que um filho vai casar, além do peso de todos os preparativos, existe uma outra área complicada. Refiro-me ao convívio entre os futuros sogros. Quando o casal mora na mesma cidade ou relativamente próximo, é muito fácil haver desentendimentos sobre os detalhes do evento. As decisões relativas a várias áreas acabam sendo transmitidas através do futuro genro ou da futura nora e nem sempre chegam ao destino do jeito que a gente gostaria. No meu próprio caso, os dois casais de sogros moravam em continentes diferentes e só se conheceram dois dias antes da cerimônia. Depois, meus pais se limitavam a dar graças porque os pais de Solano e eu nos amávamos mutuamente. Estes, por outro lado, estavam sempre sugerindo notícias e fotos para eu retransmitir a eles e, de vez em quando, a Mamãe daqui escrevia cartas contando sobre os netos para a mãe de lá poder participar um pouco melhor no desenvolvimento deles.

No momento me parece que, dos nossos quatro filhos, apenas um vai residir próximo.

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À Procura de Teias de Aranha!

22 de março, 2007

Minhas postagens mais recentes têm sido muito filosóficas, sem muito interesse para aqueles que procuram meu lado cronista. Desta vez, vou tentar ser mais simples.

Ontem eu vi o “espírito” da minha avó em mim. Estou falando aqui de algo nela que já descrevi (podem ver a postagem aqui, na parte que inicia com “A primeira coisa que me vem à mente quando me lembro de Opoe…” ) (apesar de hoje mesmo já estar trabalhando num relato de algumas facetas agradáveis pois ela era, de fato, uma boa senhora).

Para compartilhar como isto aconteceu, deixe-me explicar o contexto desta observação. Estou, mais uma vez, curtindo ser “filha” na casa dos meus sogros.

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Pensando sobre Arte e Beleza

16 de março, 2007

Mexendo em alguns papéis, encontrei uma carta que iniciei há um ano, no dia 11 de fevereiro de 2006. Nunca cheguei a completar o meu raciocínio mas enviei a carta daquele jeito mesmo por ser para uma amiga daquelas com quem você bate papo sem grandes preocupações sobre se o que você diz está fazendo completo sentido ou não. Na época eu estava pensando sobre “arte”, com foco especial na capacidade de se escrever bem. Vou copiar e ampliar algumas das cogitações iniciais que fiz naquele dia.

Querida Amiga:
São duas da madrugada, domingo de manhã, e não consigo dormir. São tantas as pessoas e situações que povoam a minha mente… Pensamentos a respeito de cartas que preciso escrever, respostas a coisas que me perguntaram ou disseram… Saí do quarto na ponta dos pés e fui sentar no computador por um pouco de tempo…

Uma das coisas que fiquei pensando é o que você disse sentir quando escreve, e como eu me sinto do mesmo jeito, às vezes. Mas não sei se eu explicaria as minhas percepções do mesmo modo que você.

Tenho tantas perguntas e dúvidas! O que será que é arte? Aquilo que eu considero arte é apenas minha opinião ou podemos nós, como cristãos, chegar a uma conclusão básica sobre o que é a “verdadeira arte”. O que é “arte de qualidade”? O que é arte aos olhos de Deus? E o que é arte aos olhos de Satanás? Não sou nenhum Francis Schaeffer (e faz tempo que li o livro dele sobre este assunto) mas vou arriscar alguns pensamentos.

Tive um curso sobre “Apreciação de Arte” na faculdade

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Pensando Alto – Sobre um Senhor Chamado Jean-Jacques Rousseau

5 de março, 2007

Ontem foi domingo e, como sempre, fomos para a nossa igreja e a escola dominical de manhã e participamos do culto à noite. Já que sou do tipo que procura fazer duas coisas ao mesmo tempo, peguei na nova Revista VEJA e fui folheando-a enquanto secava e ajeitava os cabelos. Deparei-me com um artigo por Anna Paula Buchalla chamado “Salvos pela ‘roda’”. O subtítulo diz “Hospitais europeus instalam uma versão moderna da ‘roda dos enjeitados’, para receber bebês abandonados”. Segue uma descrição de um berço aquecido no lado externo de hospitais, com sensores que alertam quando alguém deposita uma criança nela.

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Empatia Feminina (3) – Minha Avó Paterna – Segunda Parte

2 de março, 2007

Na semana passada, postei a primeira de uma série de reflexões sobre o impacto que minha avó paterna teve na minha vida. Pensei que seriam apenas duas, entretanto novas recordações e ponderações continuam surgindo…

No meu próximo conjunto de lembranças, Opoe (ôpú) já havia saído da fazenda Ebenézer. Ela não quis ir morar com nenhum dos seus cinco filhos fazendeiros—era praxe entre pessoas do seu nível na Holanda vender a fazenda para algum filho e ir viver das economias numa cidade próxima ao aposentar-se. Foi, portanto, residir com a família da sua filha mais velha, a minha Tia Patrícia, na cidadezinha de Bowmanville (com uns dez mil habitantes, na época). Meu tio era muito jeitoso e modificou a parte da frente da casa para ser um apartamento com acesso separado. Depois, ele foi adaptando tudo para que Opoe pudesse ser independente dentro das suas crescentes limitações. Meus parentes falavam que ele deveria patentear as engenhocas e dispositivos que inventava. Eu tinha pouco com que comparar a sua habilidade e, para mim, isto só comprovava o ditado que “a necessidade é a mãe da invenção” e que a criatividade de algumas pessoas permitia que elas melhorassem situações sem sempre depender de ajuda externa.

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