Categoria: ‘Sogra/Nora’

De Geração a Geração—Lembrando da Minha Mãe

10 de maio, 2008

Amanhã, além do Dia do Senhor, vamos celebrar o Dia das Mães. Isto, é claro, me faz recordar a minha mãe. No fim de julho, já serão 20 anos que ela partiu. E falta pouco mais de um ano para eu chegar à idade que ela tinha na nossa despedida. De certo modo, era nova ainda quando faleceu… Nunca chegou a ser legalmente classificada como idosa…

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Três Gerações, Gertrude, Betty, Grace (1983)

Quando morávamos em Recife, a igreja tinha um costume. No dia das mães, senhoras da auxiliadora ficavam na porta, distribuindo cravos. Cravos brancos para as pessoas cuja mãe já era falecida. Cravos vermelhos para mãe viva. Eu sempre pregava o vermelho no peito, alegremente, imaginando que faria isto por muitos anos ainda. Afinal, até as minhas avós continuavam vivas.

Não morávamos mais em Recife na primeira vez que celebrei o segundo domingo de maio depois do seu falecimento. Lembro-me de ter visualizado mentalmente a ação de escolher e colocar o cravo branco. Estava feliz, por um lado, por não ter que fazer isto de fato. Estava triste, por outro lado, por não poder externar a minha saudade. Mas eu tinha quatro filhos me homenageando do seu jeito infantil. E possuía uma maravilhosa sogra que, há anos, me tratava como filha….

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A Minha Vida Ficou mais Florida

30 de março, 2008

Já comentei de passagem que meus sogros vieram de Recife para morar conosco em São Paulo em agosto de 2007. Alugamos um apartamento um pouco maior e juntamos os nossos pertences nele. Um dia quero compartilhar mais sobre vários aspectos desta nova experiência, tanto do ponto-de-vista deles quanto do nosso. Mas hoje pretendo contar um pouco sobre uma faceta bem agradável desta convivência. Pois, convivendo com Mamãe, A MINHA VIDA FICOU MAIS FLORIDA.

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Empatia Feminina (2) – Minha Avó Paterna – Primeira Parte

19 de fevereiro, 2007

Recentemente escrevi sobre o significado da minha sogra na minha vida. Isto me fez refletir sobre a convivência com outras mulheres da minha família, como minha mãe, irmã, filha, algumas tias… Entretanto, antes de computar e relatar o impacto destas, creio que é melhor iniciar pelo começo, pelas minhas avós, para compor um contexto mais compreensível.

As minhas lembranças das minhas duas avós são bem contrastantes. Uma era para mim o exemplo da avó que eu desejaria ser um dia. A outra, apesar de ser uma senhora íntegra e de valor, nunca a coloquei como o modelo de avó que eu gostaria de emular. Hoje vou falar desta última, mãe do meu pai—a que chamávamos de “Opoe” (pronuncia-se, aproximadamente, ôpú)—um dos nomes para Vovó em holandês. Existem outros—minha mãe preferia que seus netos a chamassem de “Oma”, por exemplo. E, apesar de nunca ter pensado nessa minha avó como exemplo, enquanto ia relembrando suas posturas, os incidentes e momentos da minha juventude em que ela se fez presente, fui percebendo as lições valiosas que aprendi, algumas apresentando um modelo a seguir e outras, apontando atitudes a evitar.

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Empatia Feminina (1) — A Sogra que Chamo de “Mamãe”

12 de fevereiro, 2007

Alguns dias atrás, a minha sogra me contou uma história. Empolgada com aquilo que ela compartilhou, eu me sentei para falar sobre o relato dela, mas enquanto ia escrevendo, comecei a divagar e filosofar sobre nosso relacionamento—eu com ela e ela comigo, continuando para ponderar sobre alguns outros relacionamentos femininos na minha vida. A história inspiradora inicial e as cogitações que vieram junto, ficarão para outra vez…

Falo quase diariamente com “Mamãe”, pelo telefone. A gente conversa bem à vontade—hábito de muitos anos de convívio. Já moramos longe uma da outra há quase 20 anos, mas ambas lembramos com saudades os 13 em que estivemos juntas—11 dos quais com ela e Papai na casa de cima e nós na casa de baixo. Foram anos bem especiais; eles viram nossos quatro filhos nascer e crescer e contribuíram à sua criação, com cuidados para não interferir, mas apenas complementar. Compartilhávamos uma linha de telefone e arrumamos um sino (grande!) que eles tocavam quando as ligações eram para a gente (havia poucas casas naquela rua na época). Às vezes, ela batia o sino para dar um recado e eu saía para o quintal para ouvir o que ela queria dizer da janela de cima. Ainda me vejo em pé naquele lugar, jogando conversa fora por longos períodos, rindo, compartilhando, ouvindo, relutando para voltar ao meu serviço—maravilhada porque era como se fossemos duas amigas, em vez de que apenas “sogra e nora” e, de certo modo, mais de que “mãe e filha”.

Demorou muito pouco para eu me sentir assim com “Mamãe”

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Minha Sogra… Minha Mãe

8 de março, 2006

Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo… Efésios 1.5 (NVI)

(Isabel escreve para sua irmã, no exterior: trechos dos e-mails)

Sexta-feira
Querida Nelita:
Estou “de volta ao lar”, passando um tempinho com meus queridos sogros. Já que Neto* teve que viajar, e nossos filhos estão todos fora, resolvi pegar um avião e juntar a minha solidão à deles.

Estou me deleitando em ser “filha” de novo, sendo paparicada com todo tipo de comidinha gostosa— tapioca, cuscuz, queijo assado, macaxeira, inhame, banana comprida, bolo de rolo, doce disso, doce daquilo— tudo que o nordeste tem a oferecer… Nem penso em fazer regime aqui! ☺ De vez em quando Papai** me diz—“Filha, você não tem idéia de como estamos felizes em ter você conosco.” Falam, “Coma, filha….” “Descanse…”

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