Categoria: ‘Meditações’

Contratempo ou Providência Divina?

20 de janeiro, 2009

Na semana passada, recebemos uma longa carta de uma sobrinha, filha da minha irmã, que vive nos Estados Unidos. C… e suas duas irmãs moraram cinco meses conosco, quando tinham uns quinze ou dezesseis anos, em ocasiões diferentes. Naquelas ocasiões aprofundamos os nossos laços afetivos, que continuam até hoje, apesar da distância. Ela é da idade do nosso filho caçula (alguns meses mais velha); é uma jovem bem simpática, alegre e carinhosa, que acaba de fazer 23 anos. Respondi assim:

Querida C…:
Puxa! Que leitura fascinante (e a experiência que você descreveu também o foi, tenho certeza!) A vida pode ser uma aventura quando encarada através da perspectiva certa. Você começou com a percepção de que era uma vítima do destino e acabou se vendo como filha do Soberano Rei! Estamos ansiosas para saber o que vai acontecer agora.
Abs, Tia Betty

P.S. Penso que sua carta poderia encorajar outras pessoas sobre como perceber a providência de Deus, e como lidar com eventos que parecem ser contratempos para nós. Você permite que eu a poste no meu blog?

Ela respondeu dando a sua permissão e assim segue abaixo a carta que recebemos.

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Aprendendo com os Passarinhos

2 de novembro, 2008

Tu … fazes sair as fontes nos vales, as quais correm entre os montes…. Junto delas as aves do céu terão a sua habitação, cantando entre os ramos. —Salmo 104.12

É um fim-de-semana, no fim de outubro. Estou numa colônia de férias perto de Campos do Jordão. Participo de um retiro espiritual. Na programação, as duas manhãs começam com um momento devocional individual. Todas são orientadas a procurar um cantinho no lado de fora da casa para passar uma meia hora em comunhão com Deus, lendo a Bíblia e orando na sua presença.

Meditando sobre Deus em Meio à Natureza

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A Minha Vida Ficou Mais Florida (9)

5 de maio, 2008

Seguem porções de mais uma “história florida” da minha sogra, Valderez Sena Portela.


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Enfeitando o Colégio, Eternizando Amizades

Quando cheguei ao “Agnes” no Recife, em 1939, eu já conhecia o Colégio de longe, pois a minha irmã Abigail estudara alí. (…). Eu o achava lindo, com a sua imponente fachada, e seu edifício principal plantado no meio de um jardim imenso, com suas fileiras e palmeiras imperiais, ladeando os canteiros de belas flores — miosótis, roseiras, bambus, papoulas, resedás, dálias, verbenas, gérberas, gladíolos brancos, vermelhos, amarelos e até azuis! Aqui e ali haviam estátuas da mitologia grega. Creio que estas me faziam lembrar a necessidade de estudar, com afinco, a literatura da Grécia… Havia, também, a estatueta de um enorme sapo com um repuxo d’água que o banhava e a derramava num canteiro onde ele estava — agora já estava velho e muito feio… Servia apenas para as meninas mais afoitas encarapitarem-se nele, e tirarem suas fotos. Um grupo fazia um triângulo formado de moças risonhas, lindas. (…)

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A Minha Vida Ficou mais Florida (8)

1 de maio, 2008

Do mesmo modo que “Mamãe” era sensível à beleza, ela também se impressionava com a falta dela. Segue a descrição de uma fazenda chamado Mamulengo e como seu pai transformou a casa feia, que não tinha beleza alguma, meio escura e sombria, que respirava a coisas velhas, e que ficava abafada, numa boa e agradável morada. Nesta narrativa, a natureza e proximidade das plantas existentes não alegravam. Em vez disto, contribuíam para o mal-estar dos habitantes…

Mamulengo

Meu Pai comprou uma antiga fazenda de café situada entre Pirauá e Serra Verde. O nome da fazenda era “Mamulengo”. (Mamulengo significa um teatro de bonecas).

Tudo lá respirava a coisas velhas, do tempo do Império, de quando ainda havia escravos. Disseram-nos que a Casa Grande fora construída por braços dos escravos e já existia há mais de um século. Não sei se isso e as lendas que corriam eram verdadeiras ou não. Só sei que a casa não era construída com tijolos, mas com barro, uma casa daquele porte toda feita de taipa… A espessura das paredes era, de mais ou menos, meio metro!

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A Minha Vida Ficou mais Florida (7)

27 de abril, 2008

Nesta postagem, transcrevo novamente uma parte do texto que minha sogra escreveu para os netos e intitulou “Memórias de uma Anciã”. Na narrativa de hoje, há uma enorme descrição dos jardins que encontrou na fazenda de membros de uma igreja pastoreada pelo pai. Nem sei se meus filhos chegaram a ler cada nome na relação das plantas que enfeitam as lembranças da sua avó até hoje, pois não reconhecem grande parte delas. Mas, de certo, eles estão bem convencidos que a beleza da natureza é um presente de Deus para nós. É necessário, apenas, que abramos os olhos para percebermos os multiformes aspectos e nuances desse mundo maravilhoso. Eis o texto dela:

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Fazenda Fandango

Talvez eu já tenha falado da família de um dos presbíteros da Igreja Congregacional de Pirauá — O Sr Manoel Gomes de Andrade (“Seu” Neco). Este era um homem calmo, casado com D. Júlia Araújo de Andrade, (…). A fazenda pertencente ao Sr. Neco, chamava-se “Fandango” (a palavra fandango significa dança alegre e sapateado; baile popular, ao som da viola, folia). Era fazenda de café, muito grande (….).

Na Fazenda Fandango o mundo parecia diferente: as flores eram cultivadas, por toda parte…

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