Categoria: ‘Sofrimento/Consolo’

O Sofrimento Faz Bem?

5 de maio, 2007

Quem “bloga”, também lê blogs. E clica nos links daqueles blogs quando o assunto lhe interessa. E deste link, às vezes, acaba indo para outro link. Como resultado, por um caminho que não me lembro qual foi, entrei no blog de uma jovem mulher chamada Heather, inteiramente desconhecida, logo quando ela descobriu que tem um tumor maligno na cabeça. Isto já faz um mês e, de vez em quando, tenho lido o seu compartilhar do que sente (ela tem três filhos pequenos, um dos quais com uma doença degenerativa) e da sua esperança em Deus. Já entrei no “marcar como favorito” do meu programa de Internet para que possa ter acesso instantâneo quando quiser. Ontem foi o dia da cirurgia, na Mayo Clinic em Rochester, no outro lado do país em que mora. Lembrei-me e orei por ela várias vezes durante o dia.

Olhei o site agora e vi uma postagem do marido dela, dizendo que havia sido tirado um tumor do comprimento de uma nota de um dólar mas que ela estava mexendo braços e pernas e acenando com a cabeça em resposta a perguntas, a caminho da UTI. Ele concluiu com uma citação do primeiro capítulo de Tiago, relacionado com o sofrimento, dizendo que estas palavras ficavam vindo à sua mente enquanto sentava com seu sogro esperando o término da cirurgia. Estava numa versão moderna, que muito me tocou.

A leitura da passagem me fez lembrar da entrevista que me incomodou ao lê-la no início da semana, na VEJA (2 de maio de 2007).

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Tempo de Sofrer… Tempo de Consolar…

23 de março, 2006

“É Ele que nos conforta … para podermos consolar” —2 Coríntios 1.4

Isabel encostou a testa quente na janela do avião. Enquanto a aeronave subia, suas feições, desalentadas a principio, suavizaram-se. Observava, à luz do amanhecer amazônico, o lento sumiço da nítida demarcação do encontro das águas escuras do Rio Negro com as barrentas do Solimões. Era o mais conhecido marco turístico do seu novo lar. Pensou na Vovó Valdete, lá em baixo, que havia vindo de Recife para que ela pudesse viajar. Seria um grande desafio cuidar de três netinhos em meio a caixas de mudança ainda desfeitas, num lugar totalmente desconhecido.

Seu olhar, cansado do verde interminável, retraiu-se, focalizando no título do livro no seu colo—”Aflição“. A palavra resumia aquilo que lhe esperava no fim daquele vôo. Fechando os olhos, tentou visualizar o rosto da sua mãe. Fazia mais de dois anos que as duas não se viam. O que estaria acontecendo lá, no outro hemisfério? Ao chegar, seria levada a um hospital ou a um velório?

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Vou, mas Fico

16 de março, 2006
(Acompanha a Poesia: Memórias)
Não me desampares, pois, ó Deus, até a minha velhice…, até que eu tenha declarado à presente geração a tua força, e às vindouras, o teu poder — Salmo 71.18

Isabel desligou o telefone, pensativa. A sua vizinha havia telefonado para saber da sua saúde, em primeiro lugar, e depois para pedir um favor. E que favor!

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